Coronavírus: Análises dos portugueses que chegaram da China deram negativo

Da Redação
Com agencias

As análises aos cidadãos repatriados por Portugal que chegaram no domingo a Lisboa vindos da China deram negativo ao coronavírus, informou a Direção Geral da Saúde (DGS).

“A DGS informa que os testes laboratoriais realizados pelo INSA [Instituto Ricardo Jorge] foram todos negativos”, indica.

Na mesma nota, a DGS diz que os cidadãos “vão continuar a ser acompanhados por dois médicos da Sanidade Internacional, que vão garantir a vigilância ativa duas vezes por dia e estarão sempre disponíveis para contato”.

Os 20 cidadãos repatriados, 18 portugueses e dois brasileiros, foram instalados em instituições dedicadas para o efeito no Hospital Pulido Valente (Centro Hospitalar de Lisboa Norte) e no Parque da Saúde de Lisboa, onde irão permanecer em isolamento profilático durante 14 dias.

No Porto

O resultado das análises laboratoriais no caso da pessoa suspeita de infecção em observação no Hospital São João, no Porto, também foi negativo.

O homem, de nacionalidade estrangeira e que se encontrava na zona de Felgueiras, distrito do Porto, foi levado na sexta-feira, ao hospital de São João com infecção respiratória.

O período de incubação do vírus é de 14 dias e o homem regressou da China no dia 22 de janeiro, onde teria contactado uma pessoa supostamente infetada pelo 2019-nCoV (Coronavírus).

Com este resultado negativo, Portugal mantém-se sem registro oficial de qualquer pessoa infectada por coronavírus.

Isto porque uma primeira suspeita, envolvendo um homem regressado da China em 25 de janeiro e observado no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, foi afastada no dia seguinte, também após realização de exames.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional por causa do surto do novo coronavírus, que já provocou mais de 360 mortos na China, que supõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

A ministra da Saúde portuguesa, Marta Temido, assegurou que os hospitais de Portugal estão preparados para lidar com uma eventual epidemia e que a situação está a ser tratada de forma “tranquila, mas rigorosa”.

EUA podem ajudar

Os Estados Unidos ofereceram enviar especialistas médicos e de saúde pública para a China a fim de ajudar a combater a crise sanitária causada pela epidemia de coronavírus no país.

O Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Robert O’Brien, falou no programa de TV da emissora CBS neste domingo (2) que “os chineses certamente se tornaram mais transparentes do que em crises passadas, e realmente apreciamos esta conduta.”

Ele afirmou que seu país ofereceu enviar médicos americanos e especialistas em saúde pública para a China.

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou, no sábado, que está preparado para acomodar 1 mil pessoas que podem precisar passar por quarentena ao chegar do exterior, devido ao novo coronavírus. E acrescentou que bases militares americanas e locais de treinamento, na Califórnia e no Colorado, estão disponíveis.

Também a Comissão Europeia disse que trabalha “24 horas sobre 24 horas” com as autoridades chinesas para ajudar na distribuição de equipamento de proteção para fazer face ao novo coronavírus, além das operações de repatriamento.

O executivo de Bruxelas diz estar a trabalhar “em todas as frentes para apoiar os esforços com vista a lutar contra o coronavírus, ajudando os Estados-membros a repatriar os seus cidadãos e fornecendo prestações de emergência às autoridades chinesas”, indicando que a União Europeia já “contribuiu para facilitar a entrega de 12 toneladas de equipamentos de proteção individual à China” enquanto primeira medida de urgência.

“O primeiro material já chegou à China no fim de semana e uma ajuda suplementar da UE já está a caminho”, disse o comissário europeu responsável pela gestão de crises, Janez Lenarcic.

A nível de repatriamento, a Comissão Europeia lembra que “os primeiros repatriamentos por avião da França e da Alemanha, cofinanciados pelo mecanismo de proteção civil da UE, abrangeram 447 cidadãos europeus [incluindo 17 portugueses], que partiram de Wuhan no passado fim de semana”.

A China elevou para 362 mortos e mais de 17 mil infectados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.

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