Brasil registra 60 casos de coronavírus nesta quinta-feira

Da redação

O Ministério da Saúde divulga na manhã desta quinta-feira mais um balanço do coronavírus no Brasil. O ministro Luiz Mandetta, que está no Rio de Janeiro, antecipou que o Brasil registrou oito novos casos confirmados da doença. Subiu de 52 para 60.

Neste dia 11, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia de coronavírus. O termo é utilizado quando uma epidemia – grande surto que afeta uma região – se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa. Atualmente, há mais de 115 países com casos declarados da infecção.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu para os países redobrarem o comprometimento conta a doença. “Encontrar um bom equilíbrio entre proteger a saúde, impedir pertubações econômicas e sociais e respeitar os direitos humanos”, disse Tedros.

Transmissão local no Rio de Janeiro
A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES) confirmou neste dia 12 os primeiros casos de transmissão local de coronavírus no estado. Eles envolvem um homem de 72 anos, morador da capital, e a mulher dele, de 68 anos. Os dois apresentam quadro estável de saúde e estão em isolamento domiciliar. O casal não viajou ao exterior.

Decreto suspende aulas no Distrito Federal
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, publicou na noite do dia 11 um decreto suspendendo as aulas na rede de ensino público e privado em escolas, universidades e faculdades durante cinco dias. Também estão suspensos os eventos com público superior a 100 pessoas e que exijam licença do Poder Público. A suspensão poderá ser prorrogada pelo mesmo período.

Em São Paulo, estão suspensas de 13 a 29 de março todas as atividades da Unicamp. Serão mantidas apenas as atividades essenciais, a ser definidas e informadas à comunidade pelo comitê de crise criado pela Reitoria. Todas as viagens de docentes e funcionários da Unicamp estão suspensas, bem como o recebimento de visitantes.

Também a USP confirmou um caso de coronavírus de um aluno, no campus de São Paulo, que foi contaminado pela parceira que viajou à Itália e não faz parte da comunidade universitária. A Reitoria criou o Comitê Permanente USP Covid-19, que tem como objetivo acompanhar permanentemente a evolução da presença do vírus entre alunos, professores e servidores técnicos e administrativos da Universidade, em todos os campi da USP, bem como realizar atualizações periódicas das recomendações da autoridade sanitária. A USP manterá as atividades didáticas e administrativas em todas as suas Unidades de Ensino e Pesquisa, conforme orientação da autoridade sanitária.

Investimentos para combater coronavírus
Na comissão geral realizada ontem (11), na Câmara dos Deputados, sobre a situação do novo coronavírus, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta defendeu a liberação R$ 5,1 bilhões do orçamento, oriundo de emendas da relatoria da casa. A demanda por mais verbas foi apoiada por diversos deputados presentes na comissão. O valor será utilizado na Atenção Primária e hospitalar para reforçar as ações contra o vírus.

O ministro avaliou que a letalidade do vírus é baixa, mas que seu principal impacto é a sobrecarga do sistema de saúde, que demandará mais profissionais, mais leitos, mais insumos e mais recursos para o custeio dessa estrutura adicional.

“Você tem uma espiral de casos. Isso leva pessoas a procurar unidades de saúde. Se o vírus não tem uma letalidade individual elevada, ele tem letalidade ao sistema de saúde. Quanto mais agudo o ângulo de crescimento, mais pessoas ao mesmo tempo acionam o sistema”, comentou.

“Nossa intenção é de ajudar com recursos alocados pelos parlamentares para que possamos dar a sustentação necessária aos municípios e estados e ao trabalho do Ministério da Saúde no combate ao coronavírus. Esta é uma agenda emergencial de curto prazo e é a mais importante, que é a agenda do impacto do coronavírus na saúde dos brasileiros. Essa deve ser sempre a prioridade de todos nós”, informou o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

O ministro ratificou a importância de ampliação do orçamento da pasta. Como exemplo, ele citou o programa Saúde na Hora, que visa aumentar de 1,5 mil postos de saúde para 6,7 mil, além de garantir horário estendido para atendimento nos postos de saúde. A ampliação do horário de atendimento depende da adesão de municípios. O cálculo do Ministério da Saúde é que as implementações do programa custem até R$ 900 milhões.

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