Alimentação nutritiva é aliada na recuperação de pacientes curados da covid-19

Da Redação

Pacientes que tiveram alta hospitalar após o Covid-19 demandam cuidados especiais para atenuar possíveis sequelas decorrentes da doença. A nutrição adequada mostra- se uma forte aliada para a plena recuperação desses indivíduos.

A Pronep Life Care, pioneira no serviço de Atenção Domiciliar (home care) no Brasil, traz importantes conselhos sobre o tema, com base em um manual com orientações elaborado pela Sociedade Canadense de Nutrição. O manual contém dicas de alimentação após a infecção e tratamento pelo coronavírus.

A doença que desencadeou uma pandemia global em 2020 tem deixado sequelas de maior ou menor grau nos pacientes que estiveram internados. Entre os sintomas que podem persistir estão: alterações no paladar, falta de apetite e cansaço ao realizar atividades que antes eram comuns na rotina.

“É importante que as pessoas conheçam os cuidados com a alimentação após a alta hospitalar por Covid-19, doença que debilita demais o paciente. A atenção à ingestão adequada de nutrientes importantes para o bom funcionamento do sistema imunológico garante uma sólida recuperação, buscando também amenizar as sequelas”, ressalta Monique Karenine e Souza, nutricionista da Pronep Life Care. Confira algumas dicas, abaixo:

Fraqueza e perda de peso
É comum que os pacientes que receberam alta se sintam mais fracos, sem vontade de comer e que tenham emagrecido. A alimentação adequada ajuda a evitar a continuidade da perda de peso e retomar aos poucos o ‘pique’ para as atividades diárias.

Ingestão de proteínas
É recomendada a ingestão de alimentos ricos em proteínas, como carnes vermelhas e brancas, peixes, ovos, grãos, iogurtes, queijos e leites, soja, e nozes.

Varie os alimentos consumidos nas refeições
Procure experimentar pães integrais, massas, arroz ou cereais, além de aliar frutas, legumes e verduras em todas as refeições.

Monitore o quanto está comendo
É importante atentar-se ao quanto você está comendo e se está deixando sobras. Caso esteja comendo menos que o seu normal, faça milk-shakes com iogurtes entre as refeições. Procure ajuda profissional para avaliar a necessidade de suplementação nutricional.

Atenção aos líquidos
A ingestão de oito a dez copos diários de água filtrada por dia é recomendada, variando com refrescos, água de coco, chás gelados e sucos.

Caso o paciente recém-recuperado sinta uma constante falta de apetite, cansaço e dificuldades para se alimentar, recomenda-se que as refeições sejam feitas com maior frequência e em porções menores, ou seja, mais vezes, porém em menor quantidade.

A ingestão das proteínas deve ser feita primeiro e, dependendo do acometimento da infecção pelo Covid, há a necessidade no aumento do consumo proteico. Alterações no paladar que sejam persistentes podem ser amenizadas com a ingestão de alimentos frios no início da refeição, balas azedas ou gomas de ou gomas de mascar antes e depois de comer caso sua boca esteja seca, e uma escovação regular dos dentes.

Cuidados no fim de ano

Após mais de duzentos dias do início da pandemia no Brasil, os cuidados sobre como utilizar máscara, lavar as mãos, utilizar álcool em gel e evitar aglomerações para evitar o contágio da COVID-19 já deveriam ser conhecidos por todos. Mesmo assim, o número de casos confirmados da doença em alguns estados é o maior já registrado. E o período de férias e fim de ano tem preocupado ainda mais os especialistas em relação ao possível aumento ainda mais crítico no número de casos.

“O ideal é que as pessoas não fizessem nenhuma confraternização – da empresa ou de fim de ano – com pessoas que não moram em seu domicílio. Mas, sabemos que isso é complicado, então procurem fazer ao ar livre, só tirem a máscara no momento da alimentação e, se possível, que as pessoas só sentem juntas com seu núcleo domiciliar”, explica a médica infectologista e coordenadora do Núcleo de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Marcelino Champagnat, Viviane Hessel.

Outras dicas importantes são evitar o cumprimento com contato físico (beijo e abraço), disponibilizar álcool em gel próximo ao buffet e no banheiro e, se for contar com a presença do Papai Noel, que ele esteja sempre de máscara e higienize as mãos no momento da entrega dos presentes. Também é importante não haver contato físico na hora das fotos e quem sentir qualquer sintoma respiratório não deve ir à confraternização.

O aumento do número de casos não é visto como uma segunda onda da doença, mas um segundo pico, já que o número de casos e mortes não chegou a zero em nenhum momento no país. Por isso, o crescimento está ligado diretamente ao comportamento da população. A médica alerta que o distanciamento ainda precisa ser respeitado.

“Manter o distanciamento físico quando precisar entrar em contato com outras pessoas, utilizar a máscara o tempo todo fora de casa, mesmo que esteja em um ambiente de pessoas conhecidas, dar preferência ao trabalho remoto para evitar transporte público e contato com mais pessoas e, se tiver qualquer suspeita, ficar em casa”, ressalta a infectologista.

A transmissão do coronavírus pode ocorrer até dois dias antes do surgimento dos primeiros sintomas da doença e seguir até 10 dias após, nos casos leves da doença, e até 20 dias após o primeiro dia de sintoma nos casos mais graves, que precisam de internação.

Os principais sintomas da doença são dor de garganta, tosse seca, dor no corpo e de cabeça e febre (que não acontece em todos os casos). “As pessoas precisam estar atentas a qualquer um desses sintomas e, assim que surgirem, avisar o gestor e ficar em isolamento até que se tire a dúvida. Estamos todos cansados da pandemia, mas precisamos pensar no coletivo e não expor a um risco desnecessário a nossa família e nossos conhecidos”, frisa a médica.

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