Orçamento de 2019 vai trazer medidas para o regresso de emigrantes portugueses

Foto Arquivo. Antonio Costa na Casa de Portugal São Paulo.

Mundo Lusíada
Com agencias

No dia 27, o secretário-geral do PS, António Costa, e atual Primeiro-Ministro, antecipou que o próximo orçamento de Estado vai incluir medidas para que os portugueses que emigraram durante o período da crise possam regressar ao país.

Na intervenção com que encerrou o 22.º Congresso Nacional do PS, na Batalha, distrito de Leiria, António Costa recordou o fluxo de emigração no período entre 2010 e 2015, que “só teve paralelo com a emigração dos anos de 1960”, anunciando que o governo vai tomar medidas para inverter a situação.

“Entre 2010 e 2015 tivemos um afluxo emigratório como não tínhamos desde a década de 60 e temos de criar condições únicas e extraordinárias para os que partiram e pretendam voltar a Portugal tenham condições para regressar ao país. Quero aqui dizer claramente: Para o PS, uma das principais prioridades do Orçamento do Estado para 2019 vai ser adotar um programa que fomente o regresso dos jovens que partiram, sem vontade de partir e que têm de dispor da liberdade de poderem voltar a viver entre nós”, declarou, recebendo uma prolongada ovação dos delegados socialistas.

O secretário-geral do PS acentuou que essa será uma das principais prioridades do seu executivo no que respeita ao próximo Orçamento do Estado.

O PS saiu unido do seu 22.º Congresso Nacional, com uma direção e uma estratégia relegitimadas por ampla maioria, mas sem mexer no posicionamento ideológico ou afastar-se dos parceiros de esquerda.

Oposição

Para o vice-presidente do PSD Morais Sarmento, os socialistas estão a afirmar “um caminho que Mário Soares sempre recusou”, de “viragem à esquerda”, e que seria melhor um PS “sem dependências, coligações ou prisões”.

Morais Sarmento contestou, em particular, a promessa de António Costa de tornar uma prioridade orçamental apoiar o regresso de emigrantes ao país, alegando que os jovens “continuam a sair em igual número do país todos os anos” com a atual governação, “cem mil todos os anos”.

“Era para esses que era importante uma palavra de António Costa e para aqueles que seguramente temem que em 2018 se repita a mesma situação”, reforçou.

Em matéria econômica, Morais Sarmento acusou o primeiro-ministro ignorar “os números frios da realidade” e de dar a entender que “a economia e a riqueza chegarão a todos os portugueses”.

Também o ex-Secretário de Estado das Comunidades Portuguesa, José Cesário, chamou o discurso de Costa de demagogia, em declarações na sua rede social.

“Foi este mesma maioria, liderada por António Costa, que em 2016 suspendeu o Programa VEM, aprovado e executado pelo anterior Governo exatamente para apoiar o regresso de empreendedores das nossas Comunidades, e que, em fins de 2017, reprovou uma proposta do Grupo Parlamentar do PSD no sentido de criar um programa de apoio ao regresso de membros de Comunidades Portuguesas em países em crise. Que coerência tem esta gente para fazer declarações desta natureza?” disse o deputado do PSD.

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