Mundo Lusíada Com Agencias
BRASÍLIA >> O embaixador da União Européia no Brasil, João Pacheco, concede entrevista para falar sobre o mercado de carne brasileira na União Européia e a suspensão do embargo ao brasil e a aceitação de 106 fazendas fornecedoras. Ao lado: O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, durante coletiva sobre o fim do embargo à carne brasileira, em 27 de Fevereiro de 2008. |
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Na quarta-feira, 27 de fevereiro, a Comissão Européia (o órgão executivo da União Européia) decidiu retomar importações da carne brasileira. Serão 106 fazendas produtoras de carne bovina aptas à importação, o que suspende o embargo à carne do Brasil imposta pelo bloco europeu em 1 de fevereiro. “As autoridades brasileiras enviaram à Comissão uma lista provisória de 106 fazendas, com os correspondentes relatórios das auditorias, que garantem que elas cumprem todos os requisitos para importação de carne”, disse a porta-voz européia de Saúde e Proteção ao Consumidor da Comissão, Nina Papadoulaki. Segundo Papadoulaki, porém, o anúncio não altera o trabalho da missão de veterinários da Europa no país, que chegaram dia 25 de fevereiro para inspecionar o Sisbov (Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos) nas propriedades. Após o resultado deste trabalho, novas fazendas poderão ser incluídas na listagem. Para o embaixador da UE no Brasil, português João Pacheco, o número de propriedades brasileiras aptas a exportar pode aumentar. A suspensão do embargo vai se estender a outras fazendas de gado à medida em que as autoridades apresentem os certificados das auditorias efetuadas pelos serviços veterinários brasileiros. “Tudo vai depender agora do que o governo brasileiro nos enviar. O governo tem que auditar as fazendas e enviar-nos uma nova lista. Nós vamos verificar se está bem, vamos publicar a lista e depois inspecionar”, explicou à Lusa. Segundo João Pacheco, “não há qualquer limite quantitativo” de propriedades que podem exportar carne para a UE, desde que cumpram os requisitos exigidos. O chefe da representação frisou ainda que o nível de exigência para os produtores brasileiros é o mesmo para os argentinos e uruguaios, e inferior ao da Europa. Dentro de 45 dias, o Ministério da Agricultura espera receber o relatório final sobre a visita dos inspetores da UE sobre as fazendas exportadoras, no dia 13 de março, o grupo europeu esteve com funcionários do ministério em Brasília para entregar o relatório preliminar. Segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, a missão européia criticou o trabalho das empresas que certificam a rastreabilidade dos rebanhos, mas avaliaram que houve progressos na implantação do Sisbov. O Embargo No início do mês passado, a UE determinou o embargo devido a falta de acordo com o governo brasileiro sobre as propriedades certificadas para a exportação da carne, questionando as exigência feitas pelos europeus como rastreabilidade do gado adotado no Brasil. O governo brasileiro, que apresentou uma listagem com mais de 2.600 fazendas, foi surpreendido pelo pedido da Europa de uma listagem com apenas 300 fazendas. Depois de reuniões entre representantes brasileiros e do bloco, o Brasil não conseguiu chegar num acordo para uma lista mais ampla e encaminhou uma listagem com 200 propriedades. Mas o governo ainda considera pouco para atender à demanda da UE. Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, o ideal seria habilitar entre 4 e 5 mil propriedades. Já a Europa, não teme problemas de escassez, dizendo ainda que outros países como Argentina, Austrália ou Uruguai podem cobrir a demanda, o que o governo brasileira diz não ser suficiente. Principal exportador de carne bovina e o primeiro abastecedor da União Européia, com envio total de 56,5% ao bloco, o Brasil em 2007 exportou 194 mil toneladas de carne bovina “in natura”. A carne industrializada, que não está sob embargo, chegou em 100 mil toneladas para a Europa no ano passado.
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