Mesmo com reabertura das lojas, e-commerce cresce quase 10% no Brasil

Da Redação

A Conversion divulgou, nesta terça-feira (10), a edição de novembro do Relatório Setores do E-commerce no Brasil — report gratuito desenvolvido nos últimos meses com insights atualizados sobre o comércio eletrônico no país.

Apenas no mês de outubro, o e-commerce brasileiro registrou 1,28 bilhão de acessos. Apesar da reabertura das lojas físicas em todo o país, o comércio online cresceu 9,7% no décimo mês do ano comparado ao mesmo período de 2019. Os números demonstram que, mesmo com a retomada gradual das atividades físicas, o hábito de comprar online deve permanecer. Nos últimos 12 meses, foram 14,8 bilhões de acessos.

Em relação a setembro, as buscas no e-commerce cresceram 5,6% — o que também foi impulsionado pelas buscas e comparativos de preços realizados em um período pré Black Friday, que acontece em novembro. O levantamento analisa 15 setores.

Em outubro, 11 deles registraram um aumento comparado ao mês anterior, como Calçados (26,97%), Importados (13,55%), Varejo (5,97%) e Eletrônicos e Eletrodomésticos (5,72%). Por outro lado, setores como Comidas & Bebidas, Casa & Móveis e Moda se mantiveram estáveis em relação a setembro, com um crescimento de 1,27%, 1,64% e 4,41% respectivamente.

Os que mais cresceram no e-commerce durante a pandemia

De acordo com o relatório da Conversion, as categorias Pet, Comidas & Bebidas, Casa & Móveis, Moda & Acessórios e Eletrônicos & Eletrodomésticos foram as que mais cresceram desde fevereiro deste ano. Pet lidera o mês de outubro com a maior taxa de crescimento: 80% comparado ao segundo mês do ano.

Somente em outubro, foram mais de 12 milhões de acesso na categoria. E não é por acaso. O Brasil ocupa hoje o terceiro país no ranking mundial do segmento, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. Em meio à pandemia, a demanda e busca online no setor aumentou ainda mais. De acordo com o Instituto Pet Brasil, o mercado deve registrar alta de 6% neste ano, o que representa cerca de R$ 37,5 bilhões de faturamento.

Atrás da categoria Pet, a vice-liderança é ocupada pelo segmento de Comidas & Bebidas, que registrou um salto de 58% desde o início da pandemia. Em seguida aparecem Casa & Móveis, Moda & Acessórios e Eletrônicos & Eletrodomésticos. No geral, as categorias com os maiores crescimentos permaneceram as mesmas nos estudos anteriores, apenas com variações entre as posições.

Nomes já conhecidos também ocupam as primeiras posições no ranking de lojas com maiores taxas de crescimento no e-commerce. O Mercado Livre, em primeiro lugar, registrou quase 242 milhões de acessos no mês de outubro — um crescimento de 6% em relação ao mês anterior. Já a Americanas recebeu 102 milhões de acessos, também registrando um crescimento de 6%. Mas são os números da Amazon Brasil que chamam atenção: a empresa registrou 84 milhões de acesso e deu um salto de 83% em relação ao ano anterior.

Em paralelo, outro nome também registrou números chamativos. A Casas Bahia, que ocupa o quinto lugar da lista, recebeu 48 milhões de acessos no mês de outubro, mas teve um crescimento de seu e-commerce de 61% no YoY (Year over Year), uma das maiores registradas nos últimos meses. A empresa segue em um crescimento acelerado no e-commerce desde as análises do relatório de agosto.

Moda ganha destaque e turismo segue na retomada

Ocupando um dos primeiros lugares na lista de setores mais acessados na pandemia, o segmento de Moda e Acessórios também ganhou destaque no ranking dos sites com maior taxa de crescimento. Dos 15 e-commerces analisados, 5 são da categoria: LolJa, Reserva, Farm, Hering, C&A. Desde o início da pandemia, em fevereiro, essas lojas registraram saltos de 182%, 152%, 123%, 105% e 104% respectivamente.

Parte desse crescimento se deve, principalmente, pela aproximação das marcas e consumidores no universo online, popularização das lojas que já nasceram no meio digital e daquelas que, em meio a pandemia, apostaram em estratégias e iniciativas para reinventar e reforçar seus negócios na internet. Nos últimos 12 meses, a categoria atingiu 1,01 bilhão de acessos — um crescimento de 20,63% em relação ao ano anterior.

Já o setor de turismo também tem registrado um crescimento constante nos últimos meses. No mês de agosto, de acordo com o relatório da Conversion, o segmento iniciou uma retomada, crescendo 25% em relação a julho, sendo o setor mais impactado pela pandemia, mas também o que mais cresceu mensalmente. Em outubro, a curva permanece otimista. A categoria registrou 71 milhões de acessos, crescendo 18,4% em relação ao mês anterior. Entre os principais sites da categoria, o 123 milhas teve o maior crescimento no YoY (Year over Year), de 46,35%, superando os acessos pré-pandemia. Foram 6 milhões de acessos em outubro comparado a 3 milhões em fevereiro deste ano.

Canais de buscas e dispositivo de acesso

A edição de novembro do relatório da Conversion ainda trouxe dados dos canais de tráfego dos dispositivos desktops, que contém 43,5% do tráfego total de buscas neste mês, e mobile, responsável por 56,5% das visitas totais. Foram analisados seis canais: Busca (Orgânica + Paga), Direto, Display, E-mail, Referência e Social. Cada canal é composto pelos acessos dos 216 sites analisados no relatório.

De acordo com o levantamento, em outubro o canal de Busca (Orgânica + Paga) teve a maior participação no tráfego dos sites de e-commerce, 57%, com 724 milhões de acessos. O canal Direto foi o mais beneficiada no pós pandemia (em uma comparação entre outubro e fevereiro), com crescimento de 35,83% nos acessos, totalizando 459 milhões.

O relatório também traz os dados do Canal Social, que registrou 34 milhões de acessos, Canal Referência, com 33 milhões de acessos; Canal Display, com 17 milhões de acessos e Canal E-mail, com 7 milhões de acessos.

“O tráfego direto é o de pessoas interessadas naquela empresa. Portanto, tem a ver com a questão de construção de audiência. A busca orgânica cresceu bastante — nesse ano, cerca de 4,9%. Porém, a busca paga cresceu mais. Isso se deve ao fato de que a busca paga traz resultados num prazo mais curto, e isso evidencia quando as empresas estão investindo mais”, explica Diego Ivo, fundador da Conversion.

Para o penúltimo mês do ano, portanto, a expectativa é que o e-commerce brasileiro dê um novo salto, registrando altas taxas de crescimento que devem se estender até o final de 2020. Segundo análises da Conversion, o volume em novembro deverá girar entre 1,48 e 1,79 bilhão de acessos, o que representa um crescimento de até 30% na maior data do comércio online.

O estudo está disponível pelo link: https://www.conversion.com.br/blog/ecommerce-outubro-2020/.

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