Governo quer que Portugal recupere a “excelente reputação” do programa Vistos gold

Da Redação
Com Lusa

O secretário de Estado da Internacionalização demissionário, Jorge Costa Oliveira, defendeu que Portugal precisa de recuperar a “excelente reputação” de país “com um dos melhores programas de Vistos ‘Dourados'”.

O governante, que falava na sessão de abertura do Fórum Anual dos Empresários Portugueses da Construção do Mundo, evento promovido pela Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), deixou um “apelo público” para que as associações do setor mantenham “pressão” em matéria de “facilitação à entrada de investimento no país”.

“Precisamos de voltar a recuperar aquilo que perdemos, que foi uma excelente reputação como país com um dos melhores programas de Vistos ‘Dourados’. Nunca seremos capazes de competir com a Malta ou com o Chipre – nunca haverá consenso na nossa comunidade para oferecer mais do que o direito à residência – mas temos oportunidade e capacidade para melhorar”, disse Jorge Costa Oliveira.

O secretário de Estado da Internacionalização disse que, “infelizmente, ainda existe uma data de gente que acha que o investimento no imobiliário não é investimento produtivo como se o dinheiro se evaporasse no dia a seguir e não fosse introduzido no circuito” e garantiu que o Governo está a trabalhar na criação de “novas tipologias que ajudem a facilitar a captação de investimento e o empreendedorismo”.

Jorge Costa Oliveira defendeu que “se mantenha a ligação que existe às bases de dado de segurança europeia” e alertou para dificuldades que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) possa enfrentar, pedindo “uma nova abordagem”.

“Com as crescentes exigências [do SEF] – pelas várias vertentes em que tem sido chamado a intervir, nomeadamente no domínio humanitário e de apoio aos refugiados – é manifesto que o SEF não conseguirá dar vazão às necessidades nos próximos anos”, analisou.

“Portanto, faço um apelo para que uma área essencial de captação de investimento em Portugal, como é o imobiliário, tenha uma nova abordagem e que seja feita por entidades com sensibilidade para as questões do investimento e o empreendedorismo e não por quem por ter seguido uma carreira de polícia ou equiparada aparentemente é mais dotado ou mais sério que os outros”, completou.

Num discurso perante empresários e responsáveis de associações ligadas ao setor da construção e da internacionalização, o governante sublinhou que “o investimento que está a entrar em Portugal sobretudo no imobiliário é de enormíssima importância para o desenvolvimento do país”.

E adiantou que o programa Internacionalizar em breve será submetido por António Costa ao Conselho Estratégico da Internacionalização, no qual a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) tem assento.

Jorge Costa Oliveira disse também, quando abordava a necessidade de encontrar mecanismos alternativos de financiamento, no Memorando para a Cooperação Empresarial Tripartida que foi “recentemente fechado” com a China, adiantando que o mesmo “está a ser negociado com a Coreia e outros países”.

“As dificuldades [de financiamento] não vão acabar no curto prazo. Vão durar enquanto durar a reestruturação da Banca. Temos de encontrar soluções”, disse o governante que tinha iniciado a sua intervenção referindo que “um terço do crescimento econômico do país está alavancado nas exportações”.

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