Agora, presidente Lula quer gastar com investimento em infra-estrutura. Área energética está entre as prioridades.
Da Redação
Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr ARGENTINA >> Buenos Aires – Presidente Lula deixa o aeroporto da cidade após encontro com os presidentes Kirchner e Morales. |
Pela primeira vez na história, a soma dos ativos brasileiros no exterior (constituídos pelas reservas internacionais) superou o valor da dívida externa do Brasil. Segundo o relatório Focus, do Banco Central em 2003, a dívida superava os ativos em US$ 165,2 bilhões. Em 2007, essa diferença por estimativa cai para US$ 4,3 bilhões. Em janeiro deste ano, a posição se inverte e são os ativos que superam a dívida externa em mais de US$ 4 bilhões. Segundo informações do governo brasileiro, o resultado obtido decorre das “políticas macroeconômicas adotadas e da liquidez internacional que permitiu o ingresso de divisas no País”. O relatório destaca ainda o bom desempenho das empresas exportadoras e resultados recordes da balança comercial como fatores cruciais para a melhora na posição internacional do Brasil. As reservas internacionais tiveram “evolução sem precedentes” nos últimos anos, de acordo com o relatório. Subiram de US$ 16,3 bilhões (2002) para US$ 180,3 bilhões (2007). Apenas no ano passado, cresceu 110%. Os dólares vindos dos investimentos e dos superávits desde 2003 permitiram ao Brasil acumular reservas e também reduzir o montante da dívida. Em 2005, por exemplo, o governo brasileiro liquidou seu passivo com o FMI (Fundo Monetário Internacional). Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, essa mudança de devedor a credor pode levar o país ao grau de investimento (investment grade é a classificação dada por agências de risco aos países considerados mais seguros para investir) ainda este ano, e que esses bons indicadores tornam o país mais resistente às crises externas. “O Brasil padeceu, pagou um alto preço por ser um país altamente vulnerável ao longo dos últimos tempos. Qualquer crise externa derrubava o Brasil. Toda crise externa abalava a economia brasileira. Nós éramos devedores e acabávamos pagando o preço. E agora, as crises externas não nos atingem ou atingem menos porque nós somos credores”, disse. Na análise do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o feito “é resultado direto da implementação, nos últimos anos, de políticas macroeconômicas responsáveis e consistentes, baseadas no tripé responsabilidade fiscal, câmbio flutuante e metas para a inflação. Esse tripé tem assegurado uma melhora gradativa dos nossos fundamentos fiscais e externos, o que aumenta a resistência da economia a choques adversos”. Sul-americana Em Buenos Aires, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em 22 de fevereiro, que o Brasil deve aproveitar que passou da condição de devedor à credor internacional para fazer novas dívidas e investir na infra-estrutura sul-americana. “Precisamos agora aproveitar uma situação – se não privilegiada, melhor, que temos todos os países –, e começar a nos endividar. Não para gastar dinheiro à toa. Para gastar com infra-estrutura, para facilitar o desenvolvimento da América do Sul”, disse no Congresso Nacional argentino. No que depender da disposição do presidente, a área energética estará entre as prioridades destes investimentos. O presidente, que tratou do risco de desabastecimento argentino com a presidente Cristina Kirchner e com o presidente boliviano Evo Morales, destacou que este tipo de discussão deveria ser estendido a toda a América do Sul. Lula afirmou ainda que uma verdadeira integração depende do planejamento estratégico da área energética, ao enfatizar que é preciso definir qual o potencial hídrico, de biocombustíveis e nuclear da América do Sul para a construção de um projeto conjunto, sem que seja necessário que cada país abra mão “da individualidade e da soberania”.
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