Mia Couto é um dos participantes de festival fluvial brasileiro

Da Redação

O moçambicano e biólogo Mia Couto participa de um evento digital brasileiro, no início de agosto, para discutir a saúde dos rios. Com mais de 30 livros publicados, traduzidos e editados em diferentes países, Mia Couto foi convidado para uma das lives do Festival Seres-Rios, oferecido pelo BDMG Cultural.

“Terceira Margem – Como fabular contra a corrente?” terá transmissão no dia 10 de agosto, a partir das 19hs. Na ocasião, Mia falará com Maria Esther Maciel, escritora, pesquisadora e professora da Pós-Graduação em Teoria e História Literária da UNICAMP, e com Júlia Medeiros, escritora, atriz, dramaturga e produtora cultural.

De 2 a 10 de agosto, uma junção de conhecimento, diálogos e artes fluviais estarão no Seres-Rios Festival, o evento discute o protagonismo dos rios nas histórias de antes, de agora e do futuro.

O BDMG Cultural criou o Seres-Rios como um festival para celebrar a existência e a importância dos rios para a vida, com objetivo de discutir a memória, a beleza, as dores e também o amanhã dos rios.

Confira mais da programação: DIÁLOGO DE ABERTURA | 02/08 – 19H

Políticas cósmicas
Como viver sem o rio? Como viver com a Terra? Como viver no mesmo planeta?

Participantes: Ailton Krenak (jornalista e escritor; Reserva Indígena Krenak, médio Rio Doce-MG) e Marisol de la Cadena (antropóloga, professora associada do Departamento de Antropologia da Universidade da Califórnia; Davis, EUA)
Mediação: Ana Gomes (antropóloga, professora da Faculdade de Educação UFMG, pesquisadora do Observatório da Educação Intercultural Indígena; Belo Horizonte, MG)

SHOW | 02/08 – 20H30

A música dos rios
Mônica Salmaso, André Mehmari, Teco Cardoso

 EXPOSIÇÃO | 02/08 – 20H30

 Artistas convidados:

  • Ana Pi (artista coreográfica e da imagem, pesquisadora das danças urbanas, dançarina extemporânea e pedagoga – Paris, França)
  • Davi de Jesus do Nascimento (curimatá e arrimo de muvuca, Pirapora – Gerais)
  • Edgar Kanaykõ Xakriabá (mestre em Antropologia, Etnofotógrafo, Terra Indígena Xakriabá-MG).
  • Nydia Negromonte (artista plástica, formada em desenho, com especialização em gravura; Lima, Peru. Vive em Belo Horizonte-MG)
  • Paulo Nazareth (artesão, fazedor de coisas, criador de caso, biscateiro e fazedor de bico, nascido já velho em Borun Nak/Vale do Rio Doce-MG)
  • Sara Lana (artista e desenvolvedora, diretora executiva da Silo – Arte e Latitude Rural; Belo Horizonte-MG)

CARTOGRAFIA | 02/08 – 20H30

Mapeamento de iniciativas e movimentos comunitários nas bacias dos rios Doce, Jequitinhonha e São Francisco.

Bacia do rio Doce
Pesquisadora: Bianca Lemes

Bacia do rio Jequitinhonha
Pesquisador: Yuri Hunas

Bacia do rio São Francisco:
Pesquisadora: Damiana Campos

Pesquisadores assistentes: Lucas Campos e Rafaela Carneiro
Coordenação: Marcela Bertelli[GMM1] 

DIÁLOGOS | 11h

MESA 1 – Rios Urbanos – 03/08
Qual o futuro dos rios nas cidades?

Participantes: Alessandro Borsagli (geógrafo, professor e pesquisador; Belo Horizonte, MG); Fernando Mello Franco (arquiteto e urbanista, professor da Universidade Mackenzie; São Paulo, SP); e Roberto Andrés (urbanista, professor na UFMG, fundador da revista Piseagrama e colaborador da revista Piauí; Belo Horizonte, MG)
Mediação: Louise Ganz (artista plástica e arquiteta, professora e pesquisadora na Escola Guignard – UEMG; Belo Horizonte, MG)

MESA 2 – Futuro dos rios  – 04/08
O que podem os rios no mundo pós-desenvolvimentista?

Participantes: Alessandra Korap (liderança do médio tapajós do povo Munduruku, vice-coordenadora da FEPIPA; Itaituba, PA); André Aroeira (biólogo, coordenador de programa da Associação Mico-Leão-Dourado; Silva Jardim, RJ); e Gustavo Malacco (biólogo, ambientalista, Diretor de Sustentabilidade da Associação para a Gestão Socioambiental do Triângulo Mineiro (ANGÁ), Uberlândia, MG)
Mediação: Bernardo Esteves (jornalista, repórter da revista Piauí,  especializado em ciência e meio ambiente; Rio de Janeiro, RJ)

MESA 3 – Extinções – 05/08
Como morrem os rios?

Participantes: Aliny Pires (professora da UERJ e coordenadora da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos – BPBES; Rio de Janeiro, RJ); Bianca Souza (agroecóloga, coordenadora técnica executiva do Centro Agroecológico Tamanduá-CAT; Governador Valadares, MG); e José Alves Siqueira (professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco – Univasf; Petrolina, PE).
Mediação: Bernardo Esteves (jornalista, repórter da revista Piauí, especializado em ciência e meio ambiente; Rio de Janeiro-RJ)

MESA 4 – Desextinção – 06/08
Como renascem os rios?

Participantes: Camilla Brito (bióloga, militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB); Ipatinga, MG); Itamar de Paula (co-fundador e atual diretor de relações públicas do Conselho Comunitário Unidos Pelo Ribeiro de Abreu – COMUPRA; Belo Horizonte, MG); e Nelinda e José Torino (produtores rurais e agroecologistas; Januária, MG)
Mediação: Roberto Andrés (urbanista, professor na UFMG, fundador da revista Piseagrama e colaborador da revista Piauí; Belo Horizonte, MG)

MESA 5 – Ecossistêmicas – 09/08
Podem rios vivos curar humanos?

Participantes: Apolo Heringer (idealizador do Projeto Manuelzão, professor da Faculdade de Medicina da UFMG; Belo Horizonte, MG); Clarissa Santos  (Médica de família e comunidade, integrante da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares – Belo Horizonte, MG); e João Paulo Barreto (indígena do povo Yepamahsã (Tukano), Filósofo e Dr. Antropólogo, fundador do Centro de Medicina Indígena Bahserikowi, Manaus-AM)
Mediação: Chris Barra (antropóloga, fisioterapeuta e sanitarista, Salvador, BA e Belo Horizonte, MG)

MESA 6 – Rios sujeitos de direitos – 10/08
O que pensam os rios? Quem fala em seu nome?

Participantes: Eloy Terena (Advogado da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB; Brasília,DF); Paulo Tavares (arquiteto, pesquisador e professor da UnB; Brasília, DF); e Tatiana Ribeiro de Souza (professora da UFOP, defensora de Direitos Humanos e coordenadora do Grupo de Estudos e Pesquisas Socioambientais – GEPSA; Ouro Preto, MG)
Mediação: Wellington Cançado (professor da Escola de Arquitetura e Design da UFMG e editor da revista PISEAGRAMA; Belo Horizonte-MG)

LIVES | 19H

LIVE 1 – Com o pé na terra – 03/08
Como resistir e existir no Antropoceno?

Participantes: Ãngohó Pataxó (Vice-Cacica Ãngohó Pataxó Hã Hãhãe; Aldeia Katuramã, São Joaquim de Bicas, MG); Renato Sztutman (professor do departamento de antropologia e coordenador do centro de estudos ameríndios na USP; São Paulo-SP)
Mediação: Alyne Costa (doutora em filosofia, professora do quadro complementar do Departamento de Filosofia da PUC-Rio; Río de Janeiro, RJ)

LIVE 2 – Corpo-Terra – 06/08
Como amansar Gaia?

Participantes: Célia Xakriabá (mestre em Desenvolvimento Sustentável, professora e ativista indígena do povo Xakriabá; São João das Missõe, MG); Fábio Scarano (pesquisador e professor de Ecologia da UFRJ; Rio de Janeiro, RJ)
Mediação: Roberto Romero (antropólogo, integrante da associação Filmes de Quintal; Belo Horizonte, MG)

LIVE 3 – Pelos rios do céu – 09/08
Como confluem águas e saberes?

Participantes: Margi Moss (ambientalista, integrou o Projeto Brasil das Águas, Projeto Sete Rios e o Projeto Rios Voadores; Brasília, DF); Nego Bispo (quilombola lavrador, integrante da rede de mestres e docentes da UnB, ativista político e militante no movimento social quilombola; vive no quilombo Saco Curtume, São João do Piauí, PI)
Mediação: Fernanda Regaldo (cientista política, editora da revista Piseagrama, Belo Horizonte)

LIVE 4 – Terceira margem – 10/08
Como fabular contra a corrente?

Participantes: Maria Esther Maciel (escritora, pesquisadora e professora da Pós-Graduação em Teoria e História Literária da UNICAMP; Belo Horizonte, MG); Mia Couto (escritor e biólogo; Maputo, Moçambique)
Mediação: Júlia Medeiros (escritora, atriz, dramaturga e produtora de cultura; Barbacena-MG)

MOSTRA DE FILMES | DE 03 A 06/08 –  16H

Entram em cartaz e seguem até o final do festival * O filme “Pajeú” fica em cartaz de 3 a 6/08.

OPARÁ – São Francisco

ÁGUAS SAGRADAS
Brasil/Belo Horizonte, 2017, cor, 10′
direção Amanda Russi

AS CARRANCAS DO SÃO FRANCISCO
Brasil, 1974, Cor, 11’
direção Julio Heilbron
* com comentário de Davi de Jesus

CIDADE SUBMERSA
Minas Gerais, 2020, cor, 5’
direção Bárbara Lissa

CINEMA NO RIO
Minas Gerais/Bahia, 2014, cor, 25’
direção Inácio Neves, Henrique Mourão e Marcela Bertelli

DURE NÃT SARÕ: MANTER ACESO – QUEIMA TRADICIONAL DE CERÂMICA XAKRIABÁ
Minas Gerais, 2017, cor, 70’
direção Edgar Corrêa Kanaykõ, Joel Oliveira Xakriabá

FELICIDADE
Brasil/Belo Horizonte, 2017, cor, 10’
direção Isabela Izidoro

ITACARAMBI – MG
Minas Gerais, 2017, cor, 11’
direção Inácio Neves, Gabriela Albuquerque e Luiza Garcia

MINAS D`ÁGUAS
Brasil, 2015, Cor, 23′
direção Danilo Siqueira

OPARÁ, MORADA DOS NOSSOS ANCESTRAIS
Pernambuco, 2019, Cor, 21’
direção Graciela Guarani

SÃO JOSÉ DO BURITI, FELIXLÂNDIA, MINAS GERAIS
Minas Gerais, 2009, cor, 10’
direção Cristina Maure e Fernando Lima

TALHANDO O RIO
Brasil, 2021, cor, 12’25”
direção Gleydson Mota

WATÚ – Rio Doce 

À CURA DO RIO
Minas Gerais, 2017, cor, 19’
direção Mariana Fagundes

BENTO
Brasil, 2016, cor, 8’
direção Gabriela Albuquerque e Luisa Lanna

KRENAK
Brasil, 2017, cor, 74’
direção Rogério Corrêa

YÉKYTY – Jequitinhonha

A TERRA, O CANTO E AS MULHERES DO JEQUITINHONHA
Brasil, 2021, cor, 30′
direção AJENAI

NOBREZA POPULAR
Rio de Janeiro, 2003, 48min, vídeo digital
direção Beth Formaggini

RIO DE MULHERES
Minas Gerais, 2009, cor, 21′
direção Cristina Maure e Joana Oliveira

SALTO DA DIVISA
Minas Gerais, 2013, cor, 11’
direção  Inácio Neves

INTERFLÚVIOS – outros Rios

A ÚLTIMA VOLTA DO XINGU
Brasil/Juruna e Arara, 2015, cor, 35′
direção Kamikia Kisedjê e Wallace Nogueira

PAJEÚ
Brasil, 2020, Cor, 74′
direção Pedro Diógenes 

PONTES SOBRE ABISMOS
Brasil, Portugal, Serra Leoa, 2017, Vídeo-instalação, 8’
direção Aline Motta

YÃKWÁ, O BANQUETE DOS ESPÍRITOS
Mato Grosso, 1995, Cor, 54′
direção Virgínia Valadão

YAÕKWA – IMAGEM E MEMÓRIA
Pernambuco/ Mato Grosso, 2020, Cor, 21′
direção Rita Carelli, Vincent Carelli

YÃY TU NUHNÃHÃ PAYEXOP – ENCONTRO DE PAJÉS
Brasil, 2021, Cor, 26’
direção Sueli Maxakali

INFANTIL

OFICINA DE BRINQUEDOS DO ESPINHAÇO | 07/08, às 11h
Adelsin  (artista plástico e brincante, integrante da Casa das 5 pedrinhas; Diamantina, MG)

OFICINA DE BARQUINHOS DA NATUREZA, com exposição de fotos de barquinhos | 08/08, às 11h
Roquinho (brincante, observador da cultura da infância, gestor da Carretel Cultural; Belo Horizonte, MG)

PRA NHÁ TERRA – teatro | 07/08, às 16h
Ponto de Partida e Meninos de Araçuaí, com texto de Manoel de Barros (Barbacena / Araçuaí, MG)

RÁDIO MARITACA – Programa especial Seres-Rios | a partir de 03/08, às 10h

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