Fadista Maria Alcina recebe Medalha de Mérito Cultural da ALAP

Por Igor Lopes

A fadista Maria Alcina e o empresário e marido João Duarte.

A Academia de Letras e Artes de Paranapuã (ALAP) homenageou a fadista Maria Alcina com a entrega da Medalha de Mérito Cultural “Acadêmico Austregésilo de Athayde”, no dia 31 de maio. A cerimônia teve lugar no Salão Nobre da Casa das Beiras, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. A medalha, que foi entregue também a outras personalidades e autoridades, é uma forma de recordar a memória de Austregésilo, que atuava como jornalista, professor, cronista, ensaísta e orador brasileiro. Este nome de vulto, natural de Caruaru, em Pernambuco, foi presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL) por 34 anos, até falecer em 1993.

O cerimonial reuniu nomes sonantes da sociedade. Para dar tom à festa, uma das “agraciadas” com a medalha foi a cantora de fados Maria Alcina, veterana no ramo das homenagens. Essa personalidade portuguesa, que “canta o destino” há mais de 50 anos, está completando 60 anos de Brasil e não esconde o orgulho de ver o seu trabalho, em prol da cultura de dois países irmãos, ser reconhecido.

“Fiquei muito feliz com a homenagem. É sempre bom participar em distinções que envolvem a cultura. Isso é fundamental em nossas vidas. Essa medalha faz parte do reconhecimento de alguma coisa de bom que tenhamos feito durante o nosso percurso”, analisa Alcina.

Na opinião de Eliane Mariath, presidente da ALAP e vice-presidente da Casa das Beiras, a indicação do nome de Alcina para receber a medalha se deve ao fato de a cantora “se destacar no meio artístico e cultural”.

A mesa de honra foi composta pela vereadora viseense Teresa Bergher, além de Antônio Abraços, do deputado Gerson Bergher, de José Henrique da Silva, presidente da Casa das Beiras, de Eliane Mariath, do secretário de Cultura de Nilópolis, Augusto Vargas, de Roberto Pumart e de Júlio Queiroz.

Novos “medalhistas”

Outros nomes de peso receberam a medalha, tais como Albano Parente, empresário e educador, Augusto Vargas, secretário de Cultura de Nilópolis, Carlos Alexandre Pereira Marapodi, ator e professor de teatro, Cesar Rubens Monteiro de Carvalho, secretário de Estado de Administração Penitenciária do Estado do Rio, Hércules Pires do Nascimento, delegado de polícia, Marcos Eduardo Neves, jornalista, escritor e autor da biografia de Heleno de Freitas: “Nunca houve um homem como Heleno”, Nilcéa Clara Cardoso, secretária Municipal de Cidadania e Direitos Humanos de Nilópolis, Regis Lermen, presidente da Academia Brasileira Medalhística Militar, Ricardina Yone, escritora, Ricardo Barradas, advogado, e Sérgio Sessim, prefeito de Nilópolis.

Alguns acadêmicos da ALAP também foram homenageados com a medalha, são eles Anna Claudette, Clarisse Amador, Djalma Mendonça, Dyandreia Valverde Portugal, Ed Falcão, Eny Varella, Eunyce Caiafa, Francisco Evandro de Oliveira – Farick, Heidir Viana, Iris Carmo, Júlio Queiroz, Maria Tereza Buonocore Nunes, Marlene Salgado, Neumara Coelho, Risoletta Henriques, Sula Dray, Vilma Macedo, Zara Paim e a já citada Maria Alcina.

História recheada de cultura

A ALAP foi fundada no dia 21 de outubro de 1989 pelo acadêmico Albene Fagundes de Araújo, junto com outros 22 pares. O objetivo sempre foi o de “cultivar e divulgar as inúmeras formas da arte”. Atualmente, a Academia tem atuação nacional e internacional, promovendo encontros, concursos de poesias e trovas, antologias, palestras, salões de artes plásticas, saraus, gincanas, intercâmbios culturais ou apoiando eventos culturais de coirmãs e de alguns membros da diretoria.

Na sua formação, a ALAP teve o incentivo do presidente da ABL, Austregésilo de Athayde, e, também, do presidente da Academia de Letras do Estado do Rio de Janeiro (ACLERJ), Modesto de Abreu, que ocuparam a presidência e a vice-presidência de Honra da ALAP até falecerem.

No seu calendário oficial, a Academia conta com três grandes solenidades: em maio, posse de novos acadêmicos e outorga da Medalha de Mérito Cultural “Acadêmico Austregésilo de Athayde”; em outubro, aniversário do Sodalício, posse de novos acadêmicos e outorga do Prêmio “ALAP Cultura” e, em dezembro, Festa de Confraternização, mantendo assim seu objetivo maior de “engrandecer cada vez mais todas as formas de Letras e Artes nacionais e, porque não, internacionais”.

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