Concertos na noite de fim de ano serão cancelados em Lisboa

Mundo Lusíada com Lusa

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), disse que os concertos na noite de fim de ano serão cancelados, porque “criaria um grande aglomerado de pessoas”, alertando que anunciará “grandes restrições” nos próximos dias.

Em declarações ao canal de informação CNN Portugal, na noite de quinta-feira, o social-democrata adiantou ainda que está “a estudar se haverá ou não fogo-de-artifício”.

“Nos próximos dias tomarei a decisão de restringir aquilo que são os festejos do fim do ano, ou seja, não haverá os típicos concertos na noite do 31, porque isso criaria um grande aglomerado de pessoas. E estamos a estudar se haverá ou não o fogo de artifício […], mas tomarei uma decisão muito rapidamente. […] Haverá seguramente grandes restrições e dentro de um dia ou dois poderei anunciar essa decisão”, indicou.

A tomada de posição de Carlos Moedas surge um dia depois de o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira (Independente), ter cancelado os festejos de fim de ano na cidade nortenha, devido à situação pandêmica.

“[…] Era nossa intenção fazer o fogo-de-artifício na praia, mas as circunstâncias são o que são e temos de nos ajustar”, explicou à imprensa o autarca, à margem da inauguração da iluminação de Natal, no Palácio de Cristal.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.471 pessoas e foram contabilizados 1.154.817 casos de infecção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

Segundo informação da Câmara de Lisboa, um centro de vacinação entra em funcionamento na quarta-feira, no Parque das Nações “com 60 postos e uma capacidade para realizar até 9 mil inoculações contra a covid-19 ou gripe por dia”.

Em Leiria

Também a Câmara da Nazaré, em Leiria, decidiu cancelar todos os eventos festivos alusivos ao Carnaval de 2022, que deveriam ter início no primeiro dia do ano, no âmbito das novas medidas de controlo da pandemia de covid-19.

Na sequência do anúncio das novas medidas de controlo e mitigação da pandemia de covid-19 definidas pelo Governo e da declaração do estado de calamidade, que irá vigorar até 20 de março, “a Câmara decidiu não organizar qualquer evento do Carnaval 2022, o que inclui os bailes de rua e os desfiles”, informou a autarquia num comunicado divulgado na quinta-feira à noite.

 A decisão resulta de “uma ponderada reflexão”, afirmou o vice-presidente, Manuel Sequeira, citado na nota, adiantando que a organização “irá manter a Marcha Geral”, que será divulgada no período habitual, “devendo esta entrar no circuito musical alusivo à data”.

A divulgação da Marcha Geral e dos Reis do Carnaval acontece tradicionalmente no primeiro dia do ano, a seguir aos festejos da Passagem do Ano, evento que a autarquia tinha também já decidido cancelar devido ao agravamento do número de infectados.

Casos

Portugal registrou nas últimas 24 horas mais 2.535 casos de infeção pelo coronavírus e 21 mortes atribuídas à covid-19, registando-se uma ligeira redução dos internamentos, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Não se registavam tantos óbitos por covid-19 em Portugal desde 18 de março desde ano, dia em que também se verificaram 21 mortes.

Segundo o boletim diário da DGS, estão internadas 902 pessoas com covid-19 (menos 14 do que na quinta-feira), das quais 129 em unidades de cuidados intensivos, onde deu entrada mais uma pessoa nas últimas 24 horas.

A maior parte dos novos casos foi diagnosticada na região Norte (841), seguindo-se Lisboa e a Vale do Tejo (820 casos) e zona Centro (528).

Das 21 mortes, cinco ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo, cinco no Centro, quatro no Algarve, três no Norte, uma no Alentejo e três na Madeira.

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