Liga Nações: Portugal conquista terceiro troféu sênior em 104 anos de história

MIGUEL A. LOPES/LUSA

A seleção portuguesa de futebol venceu hoje o terceiro troféu sénior em 104 anos de história, ao destronar a campeã europeia Espanha nos penáltis da final da Liga das Nações, dilatando um palmarés liderado pelo Euro2016.

Portugal reeditou o sucesso de 2019 e isolou-se no palmarés da mais jovem competição europeia de seleções organizada pela UEFA, ao chegar à segunda conquista em quatro edições, deixando para trás a Espanha, vitoriosa em 2023, e a França, campeã em 2021.

O êxito teve contribuição de Cristiano Ronaldo, de 40 anos, que se estreou a marcar em decisões lusas, antes de ser rendido por Gonçalo Ramos aos 88 minutos, devido a lesão.

Recordista de partidas (221) e gols (138) na seleção principal, o avançado e capitão foi titular em Munique, tal como já tinha acontecido nas finais de 2016 e 2019 e na derrota perante a Grécia no encontro decisivo do Euro2004 (1-0), no Estádio da Luz, em Lisboa.

Munique

Ao final da partida na Alemanha,  o goleiro Diogo Costa, que defendeu a única grande penalidade no desempate, declarou: “O meu foco naquele momento, juntamente com os companheiros, era elevar a aura e ajudar-nos uns aos outros. Fizemos isso em prol de ajudar a equipa. Estou muito feliz. Não foi só a minha defesa. Todos os penáltis da nossa parte foram bem batidos. Estamos muito felizes por assegurar este troféu.”

Nuno Mendes foi considerado pela UEFA o melhor na final e na Liga das Nações. “É a semana mais especial e a melhor da minha carreira. Ganhei a primeira Liga dos Campeões pelo Paris Saint-Germain e hoje o primeiro título por Portugal. Tem um significado especial. Estou muito contente. Tenho de agradecer aos meus colegas, que me ajudaram muito durante o jogo. Quero continuar a trabalhar. Tenho muito pela frente. É só o começo.”

“É o momento mais importante da minha carreira desportiva, marcar o penálti decisivo pela nossa seleção e ver a felicidade de todos os adeptos e ver a minha família na bancada. É indescritível. Estou muito feliz e orgulhoso. Sem dúvida que houve [‘tremedeira’ na hora de bater o penálti]. É impossível em qualquer penálti não estar com aquele ‘nervosinho’, ainda para mais hoje, sabendo que podia dar a vitória aos portugueses. Estava nervoso, mas preparei muito bem este momento” declarou também Rúben Neves.

O capitão CR7 falou sobre alegria de ganhar pela seleção. “Esta geração merecia um título desta magnitude, também pelas nossas famílias. Os meus filhos vieram cá, a minha mulher, o meu irmão, os meus amigos. Ganhar por Portugal é sempre especial. Tenho muitos títulos a nível individual, por clubes, mas não há nada melhor do que ganhar por Portugal. São as lágrimas, o dever cumprido e muita alegria. É lindo. É a nossa nação. É o nosso povo. Somos um povo pequeno, mas um povo com uma ambição muito grande. Isso deixa-me feliz. Já vivi em muitos países, já joguei em muitos clubes. Vou à volta do mundo e, quando falam de Portugal, é sempre um sentimento muito especial. Ser o capitão desta geração e desta equipa, mesmo com a idade que tenho, é um orgulho”.

Comentando do futuro, Cristiano Ronaldo falou apenas em descansar bem, depois de uma pequena lesão no aquecimento. “Forcei, porque pela seleção tenho de forçar. Estou muito feliz”.

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