OMS recomenda vigilância com ebola em Angola e vizinhos da RD Congo

Da Redação

A diretora-geral assistente da OMS, Mariângela Simão, acredita que os países vizinhos da República Democrática do Congo, incluindo Angola, devem aumentar a vigilância em relação ao surto de ebola.

Mariângela Simão falou à ONU News, de Genebra, sobre as medidas que os nove países vizinhos devem tomar para evitar o alastrar desse surto.

“A precaução, principalmente na vigilância, tem de estar funcionando para pegar numa etapa muito inicial. Nesse momento, tanto o Uganda como as outras fronteiras da República Democrática do Congo têm de reforçar a vigilância nos serviços de saúde, nas comunidades, com relação a ter um alerta levantado mais rápido do que aconteceu nesse surto agora perto de Beni. O alerta foi muito tarde, quando muitas pessoas já haviam morrido. O alerta técnico que se dá nessa hora é para reforçar a detecção precoce de casos. ”

Na sexta-feira, a OMS anunciou que o atual surto, o décimo que ocorre no país, matou 63 pessoas desde 1 de agosto. A agência confirmou um total de 103 casos em Mangina, na província do Kivu do Norte.

A agência da ONU informou que 14 profissionais de saúde foram infectados até agora e um deles morreu. Vários casos foram identificados na cidade de Beni, aumentando receios novas infecções no centro urbano.

Vigilância
Segundo a Agência da ONU para Refugiados, Acnur, em Angola, sobretudo na província da Lunda Norte, existem mais de 80 mil refugiados congoleses, incluindo cerca de 35 mil da região do Kassai.

A diretora-geral assistente disse que a OMS deslocou funcionários para a região nos últimos dias e que começou, junto com as autoridades da República Democrática do Congo, um processo de vacinação de todas as pessoas que tiveram contato com pacientes de ebola.

Outros tópicos que merecem atenção se relacionam à vigilância à contaminação através de contato com vítimas fatais da doença e a ajuda psicológica às famílias afetadas.

Desde 8 de agosto, mais de 2 mil pessoas foram vacinadas contra o ebola na RD Congo. A OMS e as autoridades congoleses trabalham em um plano de resposta ao surto que deve ser financiado por doadores e parceiros humanitários.

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