Espanha tem quase 3 mil novos casos e é declarado país de risco

Da Redação
Com Lusa

O Ministério da Saúde espanhol registrou nas últimas 24 horas 2.987 novos casos de infecção pelo novo coronavírus, no dia em que a Alemanha classificou Espanha como país de risco no âmbito da pandemia de covid-19.

Os números hoje anunciados pelo Ministério da Saúde em Madrid são superiores aos de quinta-feira, que já representavam um recorde desde o final de maio, e elevam o número total de casos no país para 342.813.

O número de mortos nos últimos sete dias é de 62, a maior parte nas comunidades autônomas de Madrid (23) e Aragão (12).

O recrudescimento da covid-19 em Espanha levou nesta sexta-feira a Alemanha a colocar todo o país, exceto as ilhas Canárias, na categoria de país de risco.

O anúncio do Ministério da Saúde alemão abrange a ilha de Maiorca, destino de férias favorito dos alemães, e implica que os turistas que regressem dos territórios abrangidos terão de se submeter a um teste ao novo coronavírus e aguardar o resultado em quarentena.

Já hoje o Governo espanhol e as autoridades regionais do país acordaram, por unanimidade, o encerramento de discotecas, bares e salões de baile, como medida de contenção contra a pandemia de covid-19.

As autoridades aprovaram também a proibição de fumar ao “ar livre como, por exemplo, em esplanadas” e sempre que não seja possível manter a distância de segurança de dois metros entre as pessoas, medida que já está em vigor em duas das 17 regiões autônomas espanholas.

Os restaurantes deverão fechar à 01:00 e não poderão admitir clientes após a meia-noite.

Espanha é um dos países mais afetados no mundo pela pandemia, com um total de 337.334 infetados registados oficialmente.

Com 47 milhões de habitantes, o país conta até hoje mais de 28.000 mortes por covid-19, o que equivale a 110 casos em cada 100.000 habitantes, uma taxa de incidência bastante mais elevada do que as dos restantes países da Europa ocidental.

Novo aumento na Itália

A Itália registou nesta sexta-feira um novo aumento no número de infecções por covid-19, contabilizando 574 novos casos nas últimas 24 horas, mais 51 do que na quinta-feira, o que levou o país a adotar novas restrições.

A doença também provocou hoje mais três mortos, metade do número verificado na quinta-feira, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde italiano.

No total, a Itália regista 252.809 pessoas infectadas com o coronavírus que provoca a covid-19 desde o início da pandemia, em fevereiro, somando 35.234 mortes.

A maioria dos novos casos foi detetada em Veneto, região norte cuja capital é Veneza, onde se verificaram 127 novos infetados, e na Lombardia, a região mais atingida pelo vírus, que apresentou 97 novos casos.

Mais de 200.000 pessoas foram consideradas curadas em Itália desde o início da pandemia, estando atualmente 771 hospitalizadas, das quais 56 nos cuidados intensivos.

Muitas das novas infecções em Itália foram identificadas como casos importados, pelo que as autoridades de saúde estão a vigiar todas as pessoas que chegam de países considerados de risco, como Espanha, Malta, Grécia e Croácia.

O Ministério da Saúde italiano decretou na quarta-feira que quem venha desses quatro países passa a ter a obrigação de realizar exames no prazo de 48 horas após a entrada em território nacional ou apresentar um resultado negativo de um teste feito nas 72 horas anteriores.

Os aeroportos de Fiumicino e Ciampino, em Roma, já instalaram várias cabines que poderão ser utilizadas “em breve” para a realização dos testes obrigatórios do novo coronavírus.

Alguns passageiros que chegaram aos principais aeroportos italianos na quinta-feira e hoje receberam um folheto que explica para que centros de saúde devem telefonar e onde se devem dirigir para realizar o teste à covid-19 e avisa que a polícia recolheu os seus dados.

Em Roma, um dos ‘drive in’ de um hospital (onde estes exames são realizados sem que as pessoas saiam dos seus carros) apresentava hoje uma espera de mais de quatro horas.

Por outro lado, algumas regiões italianas, como Emilia-Romagna e Veneto, aprovaram hoje restrições a discotecas e bares, reduzindo em 50% o número de pessoas permitido neste tipo de instalações.

Além disso, será obrigatório o uso permanente de máscara nas discotecas e bares, inclusive para dançar, coisa que só será permitida em pistas ao ar livre.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 754 mil mortos e infectou quase 21 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.772 pessoas das 53.783 confirmadas como infectadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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