“Você está muito estressado. Vá viajar e relaxe.” Quem freqüenta médico, por causa de doenças causadas pelo estresse, já deve ter ouvido esse conselho do especialista. Mas, afinal, quais são as viagens que garantem silêncio, tranqüilidade e relaxamento?
Obviamente que não são nos hotéis-fazenda tradicionais onde o quarto fica ao lado da piscina ou da churrasqueira coletiva. E muito menos nos grandes hotéis que recebem excursões barulhentas e onde se testa a paciência na fila imensa do bufê ou do check-in. É fato que o conceito de turismo de lazer se diversificou em tantos nichos de públicos que o “turista do sossego” precisa se informar muito antes de decidir cada destino ou hotel. É só imaginar a roubada de quem vai a Porto Seguro em busca de um lugar tranqüilo e se hospeda em frente à Passarela do Álcool. Ou o mico de quem vai em lua-de-mel para um hotel cheio de famílias com crianças.
No entanto, o lugar ser tranqüilo não basta. É preciso ter uma estrutura que faça o hóspede não só relaxar o corpo mas também esquecer momentaneamente os problemas do escritório ou da família. Ou melhor, aprender a superá-los. Para essa necessidade cada vez mais latente no mundo de hoje, os hotéis-spa holísticos são a pedra de salvação. Neles, a filosofia é promover a cura do ser humano, com base em técnicas que atendam o tripé corpo-mente-espírito.
Nossa reportagem visitou dois desses autênticos retiros zen: o Hotel Ponto de Luz e o Canto da Floresta, no interior do Estado de São Paulo. Muito antes da moda dos spas chegar aos hotéis convencionais, os dois estabelecimentos já colocavam seus hóspedes nas mãos de terapeutas corporais holísticos ou em banhos especiais de ervas. E nem o espírito é deixado de lado, independentemente da fé do visitante. A meditação, os mantras orientais, os iogues e os xamãs estão lá para mudar a vida de cada um. Pelo menos por alguns dias, fica-se distante da loucura urbana.
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