Turismo do Centro quer ser voz ativa na discussão sobre a floresta

Da Redação
Com Lusa

O presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, defendeu que a entidade deve ter “uma voz ativa” na discussão do perfil e da utilização da floresta, já que o turismo está muito dependente da paisagem.

Ao discursar na cerimônia da sua tomada de posse, após ter sido reeleito para o período 2018-2023, Pedro Machado lembrou os incêndios ocorridos em 2017 na região Centro e “as dificuldades e alterações” que trouxeram a este destino turístico.

Na sua opinião, justifica-se “uma participação ativa do Turismo do Centro na discussão, por exemplo, do perfil e da utilização da exploração da floresta, dos seus planos de segurança e dos perímetros de segurança” das comunidades.

“Nós temos que ter uma voz ativa. O turismo não pode ficar dispensado desta discussão”, frisou, lembrando que o setor vive “com a paisagem” e “com os agentes econômicos que estão nessa paisagem”.

Presente na cerimônia, realizada em Penalva do Castelo, no distrito de Viseu, estava a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, que salientou os bons resultados que o turismo da região Centro tem alcançado.

“Significa que o território está, de fato, a reagir, com condições que todos sabemos muitíssimo difíceis, nomeadamente em 2017”, afirmou.

Ana Mendes Godinho referiu que, nos últimos três anos, apareceram cem novos empreendimentos turísticos e 386 empresas de animação turística (num universo de cerca de 790) na região.

“O Centro, nos últimos dois anos, cresceu um milhão de dormidas, cresceu 600 mil hóspedes. E, em termos de alojamento local, cresceu cerca de 150%”, sublinhou.

Na sua opinião, estes resultados devem-se a “um trabalho conjunto, com uma estruturação profunda de produtos, com a articulação das redes, com um grande trabalho entre o Turismo de Portugal e o Turismo do Centro para dar visibilidade aos produtos” da região.

Pedro Machado avançou que os órgãos sociais que hoje tomaram posse vão fazer a revisão do plano de marketing aprovado em 2014.

“Estamos em 2018, às portas de 2019, e temos consciência de que é preciso fazer ajustamentos”, afirmou.

Um dos objetivos para os próximos anos é intensificar as parcerias já existentes com as várias redes, nomeadamente das aldeias históricas, das aldeias de xisto e das judiarias.

“Queremos ter, cada vez mais, uma evolução para os grandes desígnios da atualidade, que são os domínios da sustentabilidade, da economia circular, da inovação e da competitividade”, acrescentou.

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