Tempos de espera nas chegadas do aeroporto de Lisboa ultrapassaram três horas

Da Redação com Lusa

Os tempos de espera na área das chegadas do aeroporto de Lisboa ultrapassaram neste domingo as três horas, devido à “insuficiência de recursos e de postos de controlo de fronteira SEF em funcionamento”, disse a ANA Aeroportos.

“Hoje voltamos, infelizmente, a assistir a tempos de espera elevados que ultrapassaram as três horas na área das chegadas do aeroporto de Lisboa devido à insuficiência de recursos e de postos de controlo de fronteira SEF em funcionamento”, referiu a ANA Aeroportos, em comunicado.

Estes constrangimentos ocorreram até às 17:00 tendo, entretanto, a situação melhorado e os tempos de espera diminuído.

“Embora sabendo que o plano de contingência anunciado pelo MAI [Ministério da Administração Interna] está em implementação de forma gradual, a ANA já alertou as entidades competentes, nomeadamente o SEF, e aguarda que se assegure um reforço contínuo com a maior brevidade”, sublinhou.

Na nota de imprensa, a ANA salientou ter reforçado as equipas de apoio aos passageiros e disponibilizado água procurando minimizar o constrangimento aos que se encontravam nesta situação.

Já o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) esclareceu esta segunda-feira que domingo ocorreu no aeroporto de Lisboa um pico de passageiros nas chegadas, provenientes de cerca de 3.000 voos, o que provocou “demoras acentuadas no controlo de fronteira”, e que a situação foi foi regularizada no meio da tarde.

Presidente: Verão

O Presidente de Portugal afirmou esperar que se evite a repetição de fechamentos de serviços hospitalares e longos tempos de espera nos aeroportos portugueses durante o verão, para proteger a saúde e o turismo.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas na Avenida da Liberdade, depois de assistir ao desfile das marchas populares durante cerca de quatro horas e meia. Este ano, Madragoa venceu as marchas populares de Lisboa.

Questionado sobre o encerramento de serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia de vários hospitais públicos, o chefe de Estado referiu que “isso já aconteceu em períodos similares a este, de fins de semana longos em junho”, e defendeu que “há que prevenir para o futuro”.

Segundo o Presidente da República, é importante “prevenir que não suceda durante o verão o que sucedeu agora neste fim de semana longo quanto às estruturas de saúde”.

“A outra coisa que deve ser prevenida é que não haja no verão o que tem havido nos aeroportos, nomeadamente o de Lisboa, que não é nada bom para o turismo português. Portanto, o lado da saúde e o que tem a ver com o turismo são coisas que temos de prevenir, porque estamos a entrar no verão”, acrescentou.

O chefe de Estado tinha ao seu lado o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.

Relativamente ao estado dos serviços públicos hospitalares, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que houve “um esforço muito grande do Serviço Nacional de Saúde (SNS) nestes anos de pandemia” de covid-19 e que agora se vive “uma normalização” que “tem momentos como este”.

“Há questões que têm a ver com a formação de especialistas, têm a ver com o funcionamento das estruturas, com o cansaço e a fadiga dos profissionais e as baixas que meteram”, apontou.

O chefe de Estado, que no domingo de manhã viajou de Londres para Andorra e de lá para Lisboa, chegou ao aeroporto já de noite e foi diretamente para a Avenida da Liberdade, novamente palco do desfile das marchas populares, cancelado nos últimos dois anos devido à covid-19.

“Fiz muita questão, porque este ano é muito especial, é um ano de desconfinamento, depois da paragem. É o reviver de novo. Sente-se que há uma alegria, há uma confraternização, uma libertação, eu queria partilhá-la”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa perante os jornalistas.

Segundo o chefe de Estado, “está a haver naturalmente uma transição da pandemia para a endemia” e as pessoas estão “a habituar-se à realidade”.

“Há muita gente que eu conheço que está com covid, é uma covid muito mais ligeira do que aquela que foi. É uma habituação a uma realidade que vai durar um ano, dois anos, três anos. E as pessoas têm de se ir prevenindo, haverá vacinação, e vão convivendo com ela como se convive com outro tipo de epidemias que tivemos no passado”, considerou.

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