Restrições ao alojamento em zonas de Lisboa entraram em vigor

Da Redação
Com Lusa

A decisão da Câmara Municipal de Lisboa de suspender a autorização de novos registros de estabelecimentos de alojamento local em algumas zonas da cidade entrou nesta sexta-feira em vigor, depois de ter sido publicada em Boletim Municipal, e ter tido o aval da Assembleia Municipal de Lisboa (AML) na terça-feira.

A proposta do executivo liderado por Fernando Medina (PS) foi votada por pontos na reunião plenária da AML, mas no geral contou com os votos contra do CDS-PP, PPM, MPT e PSD, e os votos favoráveis de PS, deputados independentes, PCP, PEV, PAN e BE.

No final da sessão, na terça-feira, a presidente da AML, Helena Roseta, garantiu aos jornalistas que o assunto iria ser tratado “com a máxima urgência”, para que a medida fosse publicada em Boletim Municipal ainda esta semana.

A proposta para suspender a criação de novas unidades nas zonas do Bairro Alto, Madragoa, Castelo, Alfama e Mouraria foi aprovada pela câmara em final de outubro, com votos favoráveis de PS, BE e PCP, e os votos contra de PSD e CDS-PP.

A suspensão deverá abranger também zonas como o Príncipe Real, Graça ou o Cais do Sodré e é válida por seis meses, prorrogável por igual período, ou até estar aprovado o regulamento municipal, documento que o executivo estima aprovar até março do próximo ano.

Além da suspensão de novos registros, a proposta prevê também o “acompanhamento e a monitorização das demais ‘zonas turísticas homogêneas’, em particular daquelas que possam ser alvo de maior pressão relativamente ao uso habitacional, nomeadamente as ‘zonas turísticas homogêneas’ da Baixa/Eixos/Av. da Liberdade/Av. da República/Av. Almirante Reis, Graça, Colina de Santana, Ajuda e Lapa/Estrela”.

Falando na AML, o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, explicou aos deputados que o critério usado para definir as zonas onde vigorará a suspensão foi o rácio de 25% entre os alojamentos clássicos e aqueles registrados como alojamento local.

Já na apresentação da proposta aos jornalistas, antes de ser apreciada pela Câmara e pela AML, Fernando Medina estimou que a medida poderia entrar em vigor “nas primeiras semanas de novembro”.

Esta proposta tem por base o “Estudo Urbanístico do Turismo em Lisboa”, apresentado à vereação na reunião camarária de 11 de outubro.

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