Portugal tem mais 12 praias com Bandeira Azul do que em 2020

Da Redação
Com Lusa

Portugal tem 372 praias fluviais e costeiras galardoadas com Bandeira Azul este ano, mais 12 do que em 2020, distribuídas por 98 municípios, cinco dos quais entram pela primeira vez na lista, anunciou o Programa Bandeira Azul.

Apresentada neste dia 29 na Direção de Faróis, em Paço de Arcos, no concelho de Oeiras (Lisboa) pela coordenação nacional do Programa Bandeira Azul, a lista contempla 330 praias costeiras, mais oito do que em 2020, e 42 fluviais, mais quatro do que no ano passado.

As praias costeiras estão distribuídas pelo Norte (72), Centro (29), Tejo (50), Alentejo (31), Algarve (87), Açores (45) e Madeira (16).

No total, a região Norte conta com 79 praias (72 praias costeiras e sete fluviais, mais duas e mais uma do que em 2020, respetivamente), o Centro conta com 46 (29 costeiras e 17 fluviais), o Tejo com 62 (50 costeiras e 12 fluviais, mais três e mais duas, respetivamente), o Alentejo com 37 (31 costeiras e seis fluviais, mais uma fluvial), o Algarve com 87 (costeiras), os Açores com 45 (mais três costeiras) e a Madeira com 16 costeiras.

De acordo com a coordenação nacional do Programa Bandeira Azul, Fafe (Braga), Oleiros (Castelo Branco), Óbidos (Leiria), Avis (Portalegre) e Beja entram pela primeira vez na lista, enquanto a Calheta (Madeira) reentra.

A Bandeira Azul abrange ainda 16 portos de recreio e marinas (menos duas do que em 2020), nove no continente e sete nas regiões autónomas, e 11 embarcações ecoturísticas (mais duas do que no ano passado), cinco em Portugal continental e seis na Madeira.

Exigindo um registo de qualidade da água “excelente” para os municípios apresentarem as suas candidaturas, o Programa Bandeira Azul divulga a lista das 372 praias no ‘site’ www.bandeiraazul.abae.pt/galardoados/galardoados-2021/.

As cerimônias oficiais do hastear da Bandeira Azul em praia costeira iniciar-se-ão em 01 de junho, na praia de Moledo, no concelho de Caminha (Viana do Castelo).

Já o primeiro hastear da Bandeira Azul em praia fluvial realizar-se-á em 15 de junho, na Albufeira de Santa Clara, em Odemira (Beja), e o hastear em marina acontecerá em 05 de junho, na Marina de Vila do Porto, na ilha de Santa Maria (Açores).

À margem da apresentação, o presidente da Associação Bandeira Azul Europa (EBAE), José Archer, apontou para uma época balnear “excelente”, depois de somar mais 12 praias galardoadas em relação a 2020.

“O número cresceu, portanto, temos mais 12 praias galardoadas do que no ano passado. Nós atingimos o número de 372 zonas baleares galardoadas, que é um número muito expressivo”, afirmou.

De acordo com José Archer, as pessoas vão ter todas as condições de segurança, devido ao contexto pandêmico, para irem à praia, salientando que “a situação está bastante melhor do que no ano passado”.

“Tudo indica que vamos ter uma época [balnear] fantástica, já com a experiência do ano passado, que correu muito bem, com as regras de segurança da praia relativamente à covid”, sublinhou, acrescentando que “a previsão do verão é melhor do que no ano passado”.

Sob o tema “Recuperação dos Ecossistemas”, o Programa Bandeira Azul vai ter também este ano uma componente ecológica, enquadrada na declaração das Nações Unidas (ONU) para 2021-2030, década para a Recuperação dos Ecossistemas.

“Os ecossistemas têm uma importância determinante no ambiente em termo gerais. Se nós conseguirmos recuperar 50% dos ecossistemas que estão degradados, isso vai permitir que mais de metade das emissões de CO2 (dióxido de carbono) passem a ser retidas pela natureza e mais de 70% das espécies em vias de extensão possam ser recuperadas”, afirmou José Archer.

Para o presidente da EBAE, o equilíbrio dos ecossistemas é determinante para um desenvolvimento sustentável dos próprios sistemas.

Questionado sobre a manutenção de sistemas de semáforos nas praias, como aconteceu em 2020, José Archer avançou que a Direção-Geral da Saúde (DGS) ainda se vai pronunciar, mas que a sinalética é para manter.

“Tudo indica que sim, porque funcionou [no ano passado]. Nós também verificamos que, na maior parte das praias, não foi necessário porque não são praias que tenham uma lotação muito grande, mas nas frentes urbanas mostrou-se útil”, disse, ressalvando que a DGS “oportunamente irá divulgar” as medidas para nova época balnear.

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