Portugal deve atingir este ano 50% das receitas turísticas de 2019 – Governo

Da redação com Lusa

Segundo a secretária de Estado do Turismo, Portugal deve atingir este ano metade das receitas turísticas de 2019, antes da pandemia, mas “a ambição” continua a ser os 28 mil milhões de euros em 2027.

No Plano Reativar o Turismo|Construir o Futuro, apresentado pelo Governo em maio passado, está incluída “a perspectiva” de o país, este ano, “atingir 50% das receitas [que teve] em 2019”, lembrou a secretária de Estado Rita Marques.

Em declarações aos jornalistas, em Évora, à margem de uma conferência internacional do setor turístico que começou dia 16 na cidade, a governante afiançou que o país já está “muito próximo” desse total de receitas do turismo.

“Temos ainda incerteza pela frente, mas, tendo em conta que o verão foi um pouco melhor do que aquilo que pensamos, estamos certos de que, provavelmente, vai ser esse número, muito em linha, aliás, com os outros países europeus que também trabalham no turismo” como Portugal, frisou.

Assim, em 2021 o país deve ficar “a 50% das receitas de 2019, mantendo a ambição de, em 2027”, poder atingir “um valor bem superior, portanto, os 28 mil milhões de receitas”, meta já traçada no plano apresentado em maio, argumentou.

“No que toca ao turismo, essa é a nossa ambição, em 2027 atingir aquilo que nos propusemos a atingir quando desenhamos a estratégia turismo em 2016/2017. Portanto, acho que vamos conseguir, com certeza, com a ajuda de todos”, sublinhou.

Mas, apesar de reconhecer que o Governo quer o país de volta aos “números de 2019” no setor, Rita Marques defendeu que é preciso “sobretudo um melhor turismo”.

“Evidentemente que queremos as receitas turísticas”, mas acima de tudo “o que queremos é providenciar” a quem visita Portugal “uma experiência turística de qualidade, sustentável, que possa diminuir de forma muito relevante a nossa ‘pegada’ neste mundo”, assinalou.

À margem da conferência, onde a sustentabilidade do turismo é uma das temáticas em discussão, Rita Marques lembrou que “não há turismo se não houver um melhor planeta”.

Embora estes sejam “tempos particularmente difíceis” para as empresas, ao nível econômico-financeiro, devido à pandemia de covid-19, a secretária de Estado frisou que “a missão” de Portugal “em relação à sustentabilidade do turismo” não foi abalada.

Há “uma política pública clara” nesse sentido, mas esta “só faz sentido se for correspondida” pelos atores privados e pelos turistas, o que tem acontecido: “Temos tido algumas dificuldades de natureza económico-financeiras nas nossas empresas, estamos a tentar resolver esse tema, mas também temos identificado no setor uma grande ambição para transformar o turismo”, afiançou.

A conferência mundial sobre turismo sustentável “A World for Travel – Évora Fórum” arrancou hoje na Universidade de Évora e vai decorrer até sexta-feira, sendo promovida por diversas entidades do setor, com o apoio da Visit Portugal.

A iniciativa, na qual vai ser apresentado um plano de ação para os próximos anos com propostas e objetivos para o setor, conta com mais de 140 oradores nacionais e internacionais de diferentes áreas.

Segundo a governante, este evento “é importante” para o país, por decorrer em formato presencial, embora também com conferencistas e participantes ‘online’, e para afirmar “a posição de Portugal na liderança no que toca à organização dos eventos internacionais”.

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