Mundo Turístico: Macaezinho, para sempre na memória de santistas e turistas

Por Ronaldo Andrade

Macaezinho alegrou santistas e turistas no Aquário de Santos. Foto: Ronaldo Andrade / Arquivo

Ele alegrou santistas e turistas por 16 anos, e agora as lembranças felizes que deixou na população poderão ser recordadas após o processo de taxidermização pelo qual Macaezinho, o lobo-marinho mascote do Aquário de Santos, passa no laboratório de Taxidermia do Museu de Pesca, local em que o animal será exposto após o trabalho ser finalizado.
Sob o comando do taxidermista Nelson Dreux Costa, com o auxílio da assessora técnica Mônica Doll, desde o último dia 17 está sendo realizado o trabalho de taxidermização em Macaezinho, da espécie Arctophcefalus Australis, originário da região meridional da Patagônia, que faleceu em abril devido à falência múltipla de órgãos.
A técnica pioneira utilizada para o preenchimento do corpo, desenvolvida por Costa, utiliza material plástico em vez da serragem de madeira, trazendo inúmeras vantagens, como o aumento da durabilidade, além de proteger contra cupins e insetos e oferecer maior realismo à anatomia do animal ‘empalhado’, tornando-o inclusive mais leve.

Leveza é fundamental
Por falar em leveza, essa é uma característica que Costa considera muito importante no trabalho do taxidermista: “É fundamental para a execução de todos os detalhes. Considero esse trabalho como o de um artista, que também exige a paciência de um monge, para que o animal, após o processo de taxidermização, fique com a aparência mais próxima de como se apresentava na natureza”, afirmou.
Entretanto, Costa, com 25 anos de profissão, deixa um recado: “Para realizar o trabalho também é necessário deixar o sentimentalismo de lado, caso contrário não será possível executar o serviço”, disse.
Após o final da taxidermização, com previsão de término em cerca de um mês, Macaezinho será exposto no próprio Museu de Pesca ao lado de outro ícone do Aquário, o leão-marinho Macaé, seu antecessor no parque e que inspirou-lhe o nome: “Sinto-me feliz por contribuir para resgatar a memória do Macaezinho, que trouxe vários momentos de felicidade às pessoas, que poderão vê-lo novamente”, declarou Costa.

RONALDO ANDRADE
Técnico em Turismo, jornalista e pós-graduado em Política e Relações Internacionais pela FESP (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo).

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