Movimento nos aeroportos mantém recuperação em agosto mas ainda com quedas acima de 50%

Da Redação
Com Lusa

O movimento nos aeroportos portugueses manteve a tendência de recuperação em agosto, mas ainda com decréscimos diários superiores a 50% nos passageiros, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com a estatística rápida do INE, em agosto de 2020, nos aeroportos, registrou-se o movimento de 2,2 milhões de passageiros, representando um decréscimo de 65,9% (-79,5% em julho).

O movimento de carga e correio, por sua vez, totalizou 10,4 mil toneladas, correspondendo a uma diminuição de 38,9% (-47,8% em julho).

O INE ainda confirmou a recuperação da atividade turística em agosto, apesar da queda de 43,2% nos hóspedes e de 47,1% nas dormidas face ao período homólogo do ano anterior.

Os valores relativos à atividade turística de agosto estão em linha com os avançados no início do mês, na estimativa rápida, apenas com uma ligeira diferença relativa à redução nas dormidas (47,2% na estimativa inicial), representando uma recuperação da atividade fortemente impactada pela pandemia de covid-19, depois das descidas de 63,8% e 67,8% de julho.

O setor do alojamento turístico (hotelaria, alojamento local com 10 ou mais camas e turismo no espaço rural/de habitação) registou assim 1,9 milhões de hóspedes e 5,1 milhões de dormidas em agosto, confirmou também o INE.

De acordo com o INE, as dormidas de residentes diminuíram 2,1% (-29,4% em julho) e as de não residentes recuaram 72,0% (-84,7% no mês anterior).

Os proveitos totais registraram uma queda de 48,9% (depois da descida de 69,8% em julho), fixando-se em 326,5 milhões de euros.

Os proveitos de aposento, por sua vez, atingiram os 258,5 milhões de euros, diminuindo 49,2% (-69,8% no mês anterior), segundo a informação de agosto atualizada.

Em agosto, o mercado interno (com um peso de 66%) contribuiu com 3,4 milhões de dormidas, o que representou um decréscimo de 2,1% (-29,4% em julho).

As dormidas dos mercados externos diminuíram 72% (-84,7% no mês anterior) e atingiram 1,7 milhões.

No conjunto dos primeiros oito meses do ano, verificou-se uma diminuição de 62,5% das dormidas totais, resultante de variações de -37,1% nos residentes e de -73,6% nos não residentes, sinaliza o INE.

Em termos regionais, em agosto, todas as regiões registraram decréscimos das dormidas, registando-se as menores diminuições no Alentejo (15,3%), Centro (27,7%) e Algarve (39,1%).

As maiores reduções verificaram-se na Madeira (72,2%), nos Açores (69,1%) e na Área Metropolitana de Lisboa (68,6%).

O Algarve concentrou 41,1% das dormidas, seguindo-se o Norte (16,4%) e o Centro (15,3%).

No conjunto dos primeiros oito meses do ano, as regiões que apresentaram menores diminuições no número de dormidas foram o Alentejo (38,6%), o Centro (52%) e o Norte (57,4%).

Em agosto, registraram-se crescimentos do número de dormidas de residentes no Algarve (com mais 9,9%), no Alentejo (3,9%) e no Centro (1,1%), o que não acontecia desde o início da pandemia.

Neste mês, em termos de dormidas de não residentes, o Alentejo registrou a menor diminuição (-57,7%), enquanto as restantes regiões apresentaram decréscimos superiores a 65%.

A estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,69 noites) reduziu-se 6,8% (-11,2% em julho), com a estada média dos residentes a aumentar 2,6% e a dos não residentes a diminuir 6,6%.

A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (42,3%) recuou 26,4 pontos percentuais em agosto (35,3 pontos percentuais em julho).

As taxas de ocupação mais elevadas registraram-se no Algarve (56,0%) e no Alentejo (52,3%).

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