Mosteiro português inaugura hotel após 20 anos em obras

Da Agencia Lusa

Após vinte anos de obras, o Mosteiro de S. Martinho de Tibães, no norte de Portugal, está recuperado e restaurado para acolher um hotel e um restaurante geridos por uma congregação missionária, disse à Agência Lusa, o arquiteto responsável pelo projeto, João Carlos Santos.

“Salvamos tudo o que podíamos salvar e restauramos tudo o que podíamos restaurar”, afirmou Santos, coordenador do setor de obras de conservação e restauro da Direção Regional de Cultura do Norte.

Nos últimos vinte anos, o Mosteiro de Tibães sofreu diversas obras de recuperação, mantendo-se, contudo, sempre aberto ao público.

Com as obras concluídas, o empreendimento abre as portas na quarta-feira. “Houve um conjunto de intervenções que resultaram numa nova estrutura de acolhimento, na recuperação e restauro de espaços e na realização de obras na cerca”, disse Santos.

O investimento de três milhões de euros permitiu a recuperação de diversas áreas do mosteiro, como o refeitório, o noviciado e o hospício.

Nos novos espaços, foi construída uma hospedaria com nove quartos. Além disso, foi aberto um restaurante no local.

O espaço vai ser gerido pelas Missionárias Trabalhadoras da Imaculada, da Família Missionária Domum Dei.

“A nossa congregação está instalada, um pouco por todo o mundo, em espaços como o Mosteiro de Tibães”, disse à Agência Lusa a Irmã Teodora, a única do grupo de cinco missionárias que fala português.

O mosteiro está classificado como imóvel de interesse público e, embora seja propriedade pública, vai ser cedido à congregação religiosa para que dê nova vida ao espaço.

“A hospedaria é muito pequena, mas o restaurante tem capacidade para receber 40 pessoas”, afirmou Teodora.

As refeições serão feitas pelas missionárias. “O nosso conceito é o de acolher as pessoas, falar com elas e ajuda-las e não apenas servir refeições”, afirmou.

Com o fim da restauração, áreas do edifício poderão ser visitadas, como o museu, os campos agrícolas arrendados a agricultores locais, além dos jardins e da mata.

“É o fim de ciclo que demorou vinte anos e que agora está perfeito”, concluiu Santos.

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