Líderes europeus chegaram a acordo de reconhecimento mútuo dos testes rápidos da covid-19

Mundo Lusíada
Com Lusa

O primeiro-ministro de Portugal salientou neste dia 21 que os líderes europeus chegaram a um acordo para o reconhecimento mútuo dos testes rápidos da covid-19, adiantando que este passo facilitará “a confiança” na liberdade de circulação no espaço europeu.

António Costa referiu-se a este compromisso – o primeiro alcançado no período de presidência portuguesa do Conselho da União Europeia – após ter participado por videoconferência numa cimeira informal de líderes europeus.

“Houve uma decisão muito importante que foi o reconhecimento mútuo dos testes rápidos de antigênio”, sem necessidade de equipamento laboratorial, declarou em conferência de imprensa, em São Bento, o líder do executivo português.

Com este passo, de acordo com António Costa, “ficará facilitada em muito a confiança de todos na liberdade de circulação dentro da União Europeia, passando também a existir, igualmente, uma metodologia comum por todos reconhecido para a realização de estes de antigênio”.

Regiões perigosas

O primeiro-ministro ainda anunciou que, a partir de sábado, haverá uma interrupção total de voos entre Portugal e Reino Unido, com exceção daqueles que forem de natureza humanitária para repatriar cidadãos portugueses e britânicos.

Os líderes europeus decidiram manter abertas as fronteiras internas da UE, mas reforçando as medidas de contenção da covid-19, passando a ser obrigatório que passageiros de novas zonas consideradas ‘muito perigosas’ tenham de apresentar testes negativos.

“Decidimos manter as fronteiras internas abertas, mas precisamos de medidas direcionadas”, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, falando na conferência de imprensa.

Na ocasião foi, então, decidido “refinar o mapa” que retrata a situação epidemiológica da covid-19 na UE, o que implica criar “novas áreas de risco” e, assim, introduzir as “zonas vermelho escuro”, explicou a responsável à imprensa, falando junto ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Isto significa que “as pessoas que viajam de zonas vermelho escuro podem ter de fazer testes antes de viajar e depois fazer quarentena” quando chegarem ao destino, precisou a líder do executivo comunitário.

Aquele que é um sistema de semáforos sobre a propagação da covid-19 na UE, começa no verde (situação favorável) e chegará até ao vermelho escuro (situação muito perigosa), já superior ao máximo atual, o vermelho.

“Passaremos a trabalhar com base neste sistema de zonas”, apontou Ursula von der Leyen, notando que esta é uma “abordagem comum” que pode evitar situações como a suspensão de viagens e garantir o pleno funcionamento do mercado único.

Ainda assim, eventuais suspensões de viagens são sempre decisões a serem tomadas por cada Estado-membro, como fez Portugal no caso dos voos de e para o Reino Unido.

Já no caso de viagens de países terceiros para a UE, passa a ser sempre exigido “testes antes da partida”, independentemente da região de partida, de acordo com Ursula von der Leyen.

A responsável avisou que “as viagens não essenciais devem ser evitadas ao máximo”, notando que, “por toda a Europa, a situação permanece muito grave”.

“Há razões para esperança por causa da vacina, mas é preciso ter muita cautela por causa das novas variantes” do SARS-CoV-2, apontou a líder do executivo comunitário.

E reconheceu: “Estamos cada vez mais preocupados com as novas variantes”.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.075.698 mortos resultantes de mais de 96,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo.

Em Portugal, morreram 9.686 pessoas dos 595.149 casos confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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