Incêndios: Turismo Porto e Norte avalia impactos para apoiar recuperação

Da Redação com Lusa

 

O presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) lamentou hoje o impacto dos incêndios e anuncia que está a “colaborar ativamente” com a Secretaria de Estado do Turismo para avaliar e apoiar a recuperação do destino.

“O Turismo Porto e Norte lamenta profundamente o severo impacto humano e material provocado pelos incêndios devastadores que têm assolado diversas regiões do país e está a colaborar ativamente com a Secretaria de Estado do Turismo para avaliar e superar os desafios colocados pela tragédia”, lê-se numa nota de imprensa enviada à comunicação social.

Segundo o presidente da TPNP, Luís Pedro Martins, foi estabelecida uma linha de comunicação aberta com a Secretaria de Estado do Turismo e as autarquias nos últimos dias, para avaliar o impacto dos incêndios nas empresas e nas infraestruturas do setor, num esforço conjunto para elaborar um relatório detalhado da situação e propor soluções para apoiar a recuperação.

“Não obstante as tremendas adversidades, que estão a ser superadas com assinalável esforço e resiliência, o Porto e Norte de Portugal erguer-se-á mais forte, após este momento difícil, com o esforço de todos”, no setor público, privado e comunidades locais, asseverou Luís Pedro Martins.

O presidente da TPNP expressou “um profundo pesar” pelas perdas humanas e pelos danos causados pelos incêndios.

“Queremos transmitir igualmente uma mensagem de sentida solidariedade para com todos os bombeiros, nacionais e estrangeiros, Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública e autarcas dos concelhos afetados, que têm sido, uma vez mais, inexcedíveis”, referiu Luís Pedro Martins.

O setor do turismo, concluiu, está “solidário e unido no apoio às comunidades, às empresas e a todos os trabalhadores afetados”.

O Governo declarou a situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios dos últimos dias e esta sexta-feira dia de luto nacional.

agricultores

Também a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) está no terreno desde quarta-feira a fazer o levantamento dos prejuízos causados pelos incêndios na região, criando um formulário específico para as explorações agrícolas.

Em resposta a questões da agência Lusa, fonte oficial da CCDR-Norte refere que o levantamento começou na quarta-feira, em Oliveira de Azeméis (distrito de Aveiro), e consiste num “levantamento de pré-sinalização”.

O trabalho da CCDR do Norte consiste ainda na “distribuição de fichas para levantamento da informação relevante para os diferentes de prejuízos ocorridos (p.ex. habitações, culturas agrícolas ou instalações industriais)”.

Em causa está “o processo de levantamento dos prejuízos em entidades públicas e privadas, bem como o levantamento de situações críticas, nomeadamente desalojados os perdas de postos de trabalho”.

Para já, a CCDR disponibilizou “um formulário no Portal Geográfico da Agricultura para avaliar os prejuízos causados pelos incêndios rurais nas explorações agrícolas da Região”.

O formulário “visa facilitar uma avaliação rápida e precisa da extensão dos danos, ajudando agricultores ou associações do Norte a reportar as suas perdas e prejuízos”, permitindo aos agricultores e associações “registar informações sobre todos os prejuízos sofridos, como danos em culturas, animais, construções e equipamentos agrícolas”.

“Esta é uma iniciativa fundamental para obter um panorama real dos impactos e orientar ações de apoio e recuperação das explorações afetadas, sendo que a utilização deste formulário permite ainda acelerar todo o processo de levantamento de prejuízos”, refere.

Já as autarquias poderão aceder a apoios “no âmbito de diferentes mecanismos que estão a ser preparados pelo Governo, tendo em conta a grande diversidade de situações em causa”.

Sete pessoas morreram e 177 ficaram feridas devido aos incêndios que atingiram desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país e destruíram dezenas de casas.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 124 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 116 mil hectares, 93% da área ardida em todo o território nacional.

 

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