Impacto no preço dos bilhetes pode variar entre 3 e 25 euros – TAP

Da Redação com Lusa

Segundo a presidente executiva da TAP, o impacto da subida da sobretaxa dos combustíveis nos bilhetes poderá representar um aumento entre três a 25 euros nos preços, consoante o destino da viagem.

“Decidimos ontem [quarta-feira] aumentar a taxa sobre o combustível perante um aumento significativo do preço dos combustíveis, sentido desde o início do ano. Estamos a acompanhar o mercado e os nossos concorrentes na Europa”, afirmou Christine Ourmières-Widener, que falava aos jornalistas na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), à margem de uma apresentação sobre as apostas da companhia para este verão.

Perante esta situação, a líder da TAP admitiu que se irá verificar um aumento no preço final dos bilhetes entre “três e 25 euros”.

Ourmières-Widener sublinhou que esta “não é uma decisão fácil” e que a companhia vai monitorizar o impacto desta decisão na procura, ressalvando que o aumento vai variar consoante os voos sejam de médio, longo ou curto curso.

“O intervalo será entre os três e os 25 euros”, reiterou.

Antes, a TAP tinha anunciado que vai aumentar a sobretaxa de combustível devido à subida do preço do petróleo, indicando que “a curto prazo, é inevitável que os preços das viagens” subam.

“Em consonância com outras grandes companhias aéreas, a TAP Air Portugal vai aumentar a taxa YQ (conhecida como taxa de combustível) devido ao aumento do preço do ‘jetfuel’ [combustível para aviação], um dos principais fatores de custo na aviação”, referiu em comunicado hoje.

“Alguns analistas preveem para o setor da aviação um impacto ‘extremo’ causado por este aumento brutal do combustível, mas acredita-se que, a longo prazo, a situação poderá estabilizar. No entanto, a curto prazo, é inevitável que os preços das viagens aumentem”, explicou ainda.

Demanda

Para o ministro da Economia, apesar da guerra na Ucrânia e do aumento dos combustíveis, há condições para uma subida da procura pelo transporte aéreo, tendo a TAP como protagonista, que devolverá ao país o investimento realizado.

“É verdade que novas atribulações se apresentam no horizonte com a situação de guerra na Europa, que terá consequências ao nível do preço dos combustíveis e da procura, mas estamos convencidos que apesar dessa instabilidade, há condições para assistirmos ao próprio crescimento pela procura do transporte aéreo e estamos convencidos de que a TAP continuará a ser protagonista disso, devolvendo ao país o investimento significativo que nela fizemos”, afirmou Pedro Siza Vieira, na BTL.

Na sua intervenção, o governante destacou a “história longa e atribulada” da companhia aérea, mas também o respetivo serviço a Portugal e aos portugueses.

Conforme apontou, ao longo de 77 anos, a TAP passou “por uma evolução muito grande”, constituindo-se como uma companhia que assegura uma “parte substancial” do transporte aéreo no mercado do atlântico.

Siza Vieira sublinhou que esta é uma empresa “que serve o país e a economia”, assegurando a conectividade internacional de Portugal.

“Se muitas companhias aéreas voam para o nosso país, grande parte do que liga Portugal a outros continentes é oferecida pela TAP, que se constitui como uma grande empresa, que puxa pela economia nacional e pelas outras empresas, que são suas fornecedoras”, acrescentou.

O ministro da Economia vincou que tal justifica o “grande investimento” que o país fez na TAP, à semelhança do que muitos Estados tiveram que fazer para apoiar o setor aéreo “em momentos difíceis”.

Siza Vieira terminou a sua intervenção desejando que estes sejam “tempos de esperança, construção de futuro” e também o início de um novo “ciclo virtuoso” para a TAP.

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