Douro: Destino turístico de excelência reconhecido pela Organização Mundial de Turismo

Da Agencia Lusa Portugal

O Vale do Douro é um dos destinos turísticos envolvidos na criação de uma rede mundial de excelência, reconhecida pela Organização Mundial de Turismo, o que lhe dará mais visibilidade, mas obriga a um maior esforço de qualidade.

“É um desafio que estamos decididos a vencer”, afirmou Ricardo Magalhães, Chefe da Estrutura de Missão do Douro, em declarações à Lusa. Para Ricardo Magalhães, a integração nesta rede mundial “é uma janela de oportunidade, que é preciso saber aproveitar”.

Um relatório elaborado pelo Centro Mundial de Excelência dos Destinos (CED), apresentado dia 09, terça-feira no Porto, atribui à região do Douro um nível de excelência em sete das 11 categorias analisadas.

O documento, que traça um retrato exaustivo das potencialidades e necessidades do turismo no Vale do Douro, será apresentado numa conferência em que participa o presidente da Organização Mundial de Turismo, Francisco Frangialli, e o secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade.

Na avaliação feita ao Douro, é atribuído nível de excelência às categorias de segurança, saúde e bem-estar, alimentação e bebidas, transporte, ambiente e paisagem, vinhas e cultura e patrimônio.

As conclusões do relatório indicam ainda um desempenho elevado nas categorias de arqueologia e informações e acolhimento, mas apenas um desempenho médio em alojamento e serviços de apoio.

A classificação mais baixa foi atribuída pelo Centro Mundial de Excelência nos Destinos às categorias de governação, marketing e vendas e circuitos turísticos.

Para Ricardo Magalhães, ter sete categorias com nível de excelência reconhecido “é um bom ponto de partida”, já que significa que “alguém de fora, com conhecimento mundial, reconhece que existe potencial no Douro”.

A presença do Vale do Douro numa lista mundial de destinos que buscam a excelência, que inclui regiões turísticas de países tão diferentes como a Arábia Saudita, a China, a Austrália ou o México, implica uma responsabilidade acrescida.

“Temos que valorizar a qualidade no Douro. A qualidade nos restaurantes, nos hotéis, no atendimento, no transporte, em todas as áreas”, frisou o responsável pela Estrutura de Missão do Douro. Nessa perspectiva, Ricardo Magalhães defendeu a necessidade dos diferentes atores públicos e privados da região “trabalharem em conjunto”.

A questão é particularmente atual já que o Douro dispõe, até 2013, de cerca de 37,5 milhões de euros do Plano de Desenvolvimento Turístico para financiar projetos que permitam aproveitar as potencialidades existentes. “Temos que aproveitar esta oportunidade única que o Douro tem para se projectar”, defendeu Ricardo Magalhães.

A criação de programas de animação diversificados, que prolonguem a estadia dos turistas, uma promoção que não se limite à época das vindimas, e o aumento da capacidade hoteleira, privilegiando as pequenas unidas integradas nas quintas do Douro, são algumas das prioridades.

Em simultâneo, entre outras medidas, é necessário investir numa sinalização rigorosa e clara que abranja toda a região e numa rede de postos de turismo com atendimento hospitaleiro, mas profissional.

O objetivo é aproveitar da melhor forma possível as enormes potencialidades turísticas do Vale do Douro, que beneficia ainda de uma rara disponibilidade de acessos.

Este destino turístico está a pouco mais de uma hora de distância do principal aeroporto do Noroeste Peninsular, é servido por duas auto-estradas e uma linha de caminho-de-ferro, além de ser também acessível por via fluvial.

“Que outros destinos turísticos são acessíveis por avião, carro, comboio e barco?”, questionou Ricardo Magalhães, para quem esta é uma vantagem adicional que o Vale do Douro tem que aproveitar.

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