Docas D. Pedro II no Rio pode ser um Mercado da Ribeira de Portugal, diz ministro

Da Redação

Após visitar o Armazém Docas D. Pedro II, no Rio de Janeiro (RJ) nesta semana, o ministro brasileiro do Turismo, Gilson Machado Neto, pretende analisar as opções para a utilização do edifício.

O prédio, localizado em frente ao Cais do Valongo, foi tombado Patrimônio Mundial pela Unesco, por ser o único vestígio material do desembarque de cerca de 1 milhão de africanos escravizados nas Américas. Em novembro de 2020, o MTur assinou o Termo de posse do local, que estava sob a responsabilidade da Secretaria do Patrimônio da União (SPU).

O Armazém, que está sob a responsabilidade da Fundação Cultural Palmares, vinculada ao MTur, será destinado à promoção da cultura afrobrasileira e à valorização do sítio arqueológico Cais do Valongo. O local deve abrigar o Centro de Referência da Celebração da Herança Africana; os centros de Interpretação do Valongo e de Acolhimento Turístico; e o Laboratório Aberto de Arqueologia Urbana.

Além disso, parte da construção pode integrar o programa Revive, que tem o objetivo de reaproveitar patrimônios históricos e utilizar parte do imóvel para empreendimentos turísticos e espaços multiusos, por meio de contratos de concessão pública.

O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, destacou as várias possibilidade de uso do galpão e como isso pode ajudar o turismo do estado. “O Brasil tem o programa Revive, em parceria com o governo português, e isso daqui pode se tornar uma espécie de Mercado da Ribeira de Portugal”, disse.

Cais da Ribeira, Porto

Após visitar o Armazém Docas D. Pedro II, no Rio de Janeiro (RJ) nesta semana, o ministro brasileiro do Turismo, Gilson Machado Neto, pretende analisar as opções para a utilização do edifício.

“O Armazém é um local belíssimo, turístico. Hoje temos mais de 300 imóveis desse tipo para serem aproveitados. Eles estão onerando aos cofres públicos e podem ser concedidos para a iniciativa privada e tirar esse peso do governo e do pagador de impostos”, comentou.

De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o prédio serviu de atracadouro no século XIX e agora tem muito a oferecer para o turismo e a economia do Rio de Janeiro. “Viemos apresentar a região do Cais do Valongo e do Armazém Docas D. Pedro II, que tem um potencial incrível de investimento. Está na hora de atrairmos investimentos nas áreas de turismo e cultura e, também, abrirmos nosso patrimônio para a população”, disse Larissa Peixoto, presidente do Iphan.

CAIS – Revelado em 2011, durante as obras da zona portuária do Rio de Janeiro, o Cais do Valongo foi a principal porta de entrada de africanos escravizados no Brasil e nas Américas. Trata-se de um dos mais importantes vestígios materiais da chegada dos africanos escravizados no Brasil.

Também é conhecido como Cais da Imperatriz, pois em 1843 foi reformado para o desembarque da princesa Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias, que se casou com o imperador D. Pedro II. Em 1º de março de 2017, passou a integrar a Lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

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