Coronavírus pode custar 25,7 mil milhões às companhias aéreas

Da Redação
Com Lusa

A epidemia ligada ao coronavírus pode fazer com que as companhias aéreas deixem de ganhar 27,8 mil milhões de dólares (25,7 mil milhões de euros), segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).

Só no mercado interno chinês, as potenciais perdas de receitas podem chegar a 12,8 mil milhões de dólares.

Segundo a IATA, a descida do número de passageiros em relação a 2019 pode ser de 8,2% em 2020 na região Ásia-Pacífico.

“Esse cenário pode traduzir-se numa perda de receitas de 27,8 mil milhões de dólares em 2020 para as transportadoras da região”, de acordo com o comunicado da IATA.

O coronavírus Covid-19 provocou 2.129 mortos e infetou mais de 75.000 pessoas a nível mundial.

A maioria dos casos ocorreu na China, onde o novo vírus foi detetado no final de 2019, na província de Hubei, a mais afetada pela epidemia.

Além de 2.118 mortos na China continental, morreram três pessoas no Japão, duas na região chinesa de Hong Kong, duas no Irão, uma nas Filipinas, uma em França, uma em Taiwan e uma na Coreia do Sul.

As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei, no centro do país, para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.

FMI

Também o FMI defendeu que a epidemia de coronavírus surge quando a economia mundial está frágil e não está devidamente bem equipada para a enfrentar caso se prolongue no tempo e no espaço.

Segundo a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), “a incerteza está a tornar-se o novo normal”, sublinhou Kristalina Georgieva, num artigo publicado no blogue do FMI antes da reunião dos ministros das Finanças do G20 que vai decorrer a 22 e 23 de fevereiro em Riade, na Arábia Saudita.

E o coronavírus Covid-19 “representa a incerteza mais premente (…) É um aviso duro de como uma recuperação econômica frágil pode ser ameaçada por eventos imprevisíveis”, acrescentou.

A epidemia já fez 2.000 mortos na China e contaminou pelo menos 74 mil pessoas. Há ainda a registar cerca de 900 casos de infetados em 30 outros países e cinco mortes.

Georgieva afirmou que o FMI prevê uma forte baixa da atividade na China, seguida de uma recuperação rápida, mas advertiu que a situação pode piorar e ter consequências mais desastrosas para outros países.

Uma propagação “de longa duração e mais difícil pode levar a uma desaceleração mais acentuada e prolongada do crescimento na China”, considerou.

A diretora-geral do FMI também alertou para “um recuo persistente da confiança dos investidores” se a epidemia atingir outros países.

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