Alentejo quer ser um dos primeiros destinos turísticos certificados do mundo

Da Redação
Com Lusa

LitoralAlentejo_PortugalTurismo do Alentejo quer transformar a região num dos primeiros destinos turísticos certificados do mundo, através de um projeto que vai dar os primeiros passos no próximo ano para atingir a certificação até 2020.

“Não existe, neste momento, qualquer destino turístico certificado. Há destinos que têm restaurantes ou outras valências certificados, mas nós queremos certificar o destino Alentejo no global”, assumiu o presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT), António Ceia da Silva.

A certificação e internacionalização do Alentejo enquanto destino turístico é uma das “grandes apostas” da ERT para concretizar até 2020, constando o arranque do processo do plano de atividades para 2014.

“No próximo ano, vamos criar os programas de certificação transversais e setoriais e produzir os referenciais generalistas que, depois, se possam adaptar a cada uma das áreas que queremos ver certificadas”, revelou.

Ceia da Silva falava à Lusa à margem de uma reunião com agentes do setor, realizada em Grândola, para apresentar o Plano de Atividades para 2014 da Turismo do Alentejo e recolher contributos dos parceiros.

No âmbito da preparação da versão final do plano, que será submetido à apreciação e votação da direção e da assembleia-geral da ERT, já decorreram outros três encontros (Portalegre, Santarém e Beja), terminando a ronda de auscultação na sexta-feira, com uma reunião em Évora.

Segundo Ceia da Silva, a certificação é incontornável para afirmar o Alentejo como um destino turístico de qualidade. “Perante um turista cada vez mais exigente, culto e informado, que vai querer ter destinos com `selo de qualidade`, com certificação, o Alentejo tem este grande objetivo”, o qual vai exigir “um grande esforço” nos próximos anos, frisou.

O presidente da ERT referiu que a ideia é “certificar toda a cadeia de valor” na área turística, o que envolve “a restauração, o alojamento, os locais de interesse turístico ou a animação turística”.

“Queremos também, no próximo ano, sensibilizar os agentes de ensino e formação, porque este é um processo que tem que envolver universidades, o Turismo de Portugal e autoridades a nível regional, para que possamos qualificar o destino até 2020”, afirmou.

Com este envolvimento mais alargado, a Turismo do Alentejo quer garantir que, por exemplo, “caso um museu precise de algumas obras para poder ser certificado, possa ter apoio no âmbito do próximo quadro comunitário”.

O Plano de Atividades para 2014 tem ainda outros três eixos de atuação, nomeadamente reforçar a identidade, trabalhar os produtos turísticos e promover a inovação no Alentejo e no Ribatejo.

“Vai ser um ano, por um lado, de consolidação, em que se vai finalizar a implementação do Plano Operacional de Turismo do Alentejo (POTA), e, por outro lado, de nova estruturação, através do avanço do Plano Estratégico 2014/20”, realçou Ceia da Silva.

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