Vírus: Primeiro-Ministro apela a que se evitem “espaços mais conviviais” como praias

Da Redação
Com Lusa

O primeiro-ministro de Portugal fez nesta quinta-feira um apelo a quem estuda ou trabalha em entidades que estão fechadas devido ao surto de Covid-19 para que evitem ir para “espaços mais conviviais”, como as praias, e ajudem a evitar “a difusão do vírus”. Numero de infectados em Portugal sobe para 78.

Em declarações aos jornalistas na Residência Oficial de São Bento, em Lisboa, antes de começar a receber os partidos políticos, António Costa fez um apelo, um dia depois de terem sido divulgadas imagens, por exemplo, de praias cheias de gente nos arredores de Lisboa, nomeadamente jovens.

“A deslocalização do contato do espaço educativo para outros espaços mais conviviais não resolve o fundo do problema, só deslocaliza os riscos. O apelo que faria é que todas as pessoas que estudam ou trabalham em entidades que tem sido encerradas compreendem que devem ter um esforço acrescido no seu esforço de contenção na sua circulação social”, disse.

Questionado sobre se referia a praias, o chefe do Governo respondeu com um sim. “A liberdade de cada um tem que respeitar também a liberdade dos outros”, sublinhou ainda.

Costa considerou ser preciso “procurar evitar essas situações de convívio” em grandes espaços e avisou: “Ninguém pense que não é pelo facto de não estar numa sala de aula e estar noutros locais de convívio que esse risco de contágio é menor.”

No dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declara o novo coronavírus como uma pandemia, muitos portugueses decidiram aproveitar o calor de março para rumar às praias na região de Lisboa, nesta quarta-feira.

Na quarta-feira, turistas visitavam o centro de Lisboa e do Porto sem demonstrar preocupação com o coronavírus.

O número de pessoas infectadas desde dezembro no mundo aumentou para 125.293 e o número de mortes subiu para 4.600, segundo um balanço feito pela agência noticiosa France-Presse (AFP), com dados atualizados às 09:00 desta quinta-feira.

Citando fontes oficiais, a AFP refere que, no total, foram registradas em 115 países e territórios 1.192 contaminações e 34 novas mortes desde o último balanço.

A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia eclodiu no final de dezembro, teve 80.793 casos, incluindo 3.169 mortes e 62.793 pessoas curadas.

Em outras partes do mundo, foram registados 44.500 casos (1.177 novos), incluindo 1.431 mortes (23 novas).

Os países mais afetados depois da China são Itália (12.462 casos, 827 mortes), Irão (9.000 casos, 354 mortes), Coreia do Sul (7.869 casos, incluindo 114 novos casos, 66 mortes) e França (2.281 casos, dos quais 497 novos, 48 óbitos).

Os Estados Unidos registraram, desde o anúncio de seu primeiro caso de contaminação em janeiro, 1.101 casos de infeção, incluindo 191 novos desde quarta-feira e 28 mortes no total. Este país é o 8.º mais afetado em número de casos desde o início da pandemia e o 7.º em termos de número de mortes.

Coreia do Sul, França e Reino Unido registaram novas mortes. Cuba e Jamaica anunciaram o diagnóstico dos seus primeiros casos.

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