Último dia de campanha com pedidos para eleitores darem de tudo, para não se arrependerem

Mundo Lusíada
Com Lusa

DebateEleicoesPresidenciaisAs próximas eleições para eleger o Presidente da República realizam-se no domingo em Portugal e consulados. Marcelo Rebelo de Sousa, Maria de Belém Roseira, Sampaio da Nóvoa, Edgar Silva, Marisa Matias, Vitorino Silva, conhecido por Tino de Rans, Henrique Neto, Cândido Ferreira, Paulo de Morais e Jorge Sequeira são os candidatos a Belém.

Netse último dia de eleições, Sampaio da Nóvoa exortou os eleitores, no final da sua última arruada da campanha, para que deem tudo, para depois não se arrependerem de nada, sublinhando que a possibilidade de ser eleito presidente está cada vez mais próxima.

“Faltam oito horas para o fim da campanha, vamos dar tudo para não nos arrependermos de nada”, declarou, perante as centenas de pessoas que o ouviam junto ao Arco da Rua Augusta.

O candidato disse que o momento chegou “a tempo de ganhar as eleições”, para que o País possa voltar a ter um “cidadão presidente”, que representará “todos e todas”. Durante o percurso, Nóvoa disse aos jornalistas considerar “que alguma coisa aconteceu nos últimos dias” que fez com que as pessoas sentissem que esta era a candidatura “que podia dar luta à candidatura que se antecipou como vitoriosa”.

Abstenção
Já o candidato presidencial Jorge Sequeira alertou que o “grande vencedor” das eleições de domingo será a abstenção e disse que isso é que “mais deveria incomodar” os analistas políticos e a sociedade.

“Tenho pena, não pela minha pessoa, porque eu não sou ninguém”, mas aquilo que nas sondagens “é mais relevante não é a minha posição (…), é que o grande vencedor, e isto a mim magoa-me imenso, vai ser novamente a abstenção”, afirmou o candidato.

O psicólogo, que falava à margem de uma visita a uma instituição de solidariedade social em Vila Nova de Gaia, acrescentou que “esse é o número que mais deveria incomodar as pessoas, os analistas políticos, os vencedores, os vencidos e toda a sociedade: a abstenção”.

“Cada vez mais as pessoas fogem de ir votar e qualquer dia só vão votar os que aparecem no boletim de voto, dez, porque já ninguém dá para este peditório”, realçou o candidato. Para o Jorge Sequeira, uma abstenção elevada “significa que ninguém se identifica, ninguém se revê com o atual sistema partidocrático”. O psicólogo relatou mesmo ter “e-mails e mensagens absolutamente incríveis de pessoas apaixonadas pela causa da cidadania”.

Sem pensar no futuro
A dois dias das eleições presidenciais, a candidata Maria de Belém Roseira disse que ainda não pensa no futuro e regressou a Vila do Conde, por onde já passou muitas vezes. “Estou a pensar no ‘day’ [dia] das eleições”, disse a candidata, quando questionada pelos jornalistas sobre o “day after” (dia seguinte) às eleições.

Maria de Belém Roseira escusou-se hoje a comentar quaisquer resultados de sondagens, salientando apenas que sente “uma grande adesão das pessoas”.

Sobre a sua visita ao mercado de Vila do Conde, onde esteve acompanhada pela presidente da câmara local, Elisa Ferraz, Maria de Belém Roseira atribuiu a boa recepção que teve à estima que têm por ela e pela autarca.

Orçamento
Marcelo Rebelo de Sousa está novamente à frente e ganharia eleições já no domingo, segundo última pesquisa. O candidato soma mais de 50% das intenções de voto em todas as sondagens divulgadas na quinta-feira, dando força a eleição de presidente no primeiro turno.

O candidato admitiu hoje que a viabilização do Orçamento do Estado para 2016 possa envolver o PSD, se a base de apoio político do Governo do PS não for suficiente.

Em declarações à SIC, em Barcelos, o antigo presidente do PSD considerou que “o Governo está a fazer o que deve” no que respeita ao processo orçamental e que “os partidos que apoiam o Governo no parlamento vão ser sensíveis à ideia de não haver uma crise política”.

Questionado que, caso isso não aconteça, entende que o PSD deverá aprovar o Orçamento, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: “Tudo começa na base de apoio político do Governo. Se isso não for suficiente, há de ser naturalmente e ao mesmo tempo tratado com a oposição”.

“Porque é do interesse nacional que nós tenhamos orçamento, que não haja crise política e que o país continue o caminho que deve percorrer, com justiça social, mas com rigor financeiro”, completou.

O candidato presidencial em quem PSD e CDS-PP recomendam o voto reiterou que, se for eleito Presidente da República no domingo, pretende “fazer tudo para que o Orçamento seja viabilizado”.

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