Suécia assume presidência rotativa da União Europeia

Da RedaçãoCom Lusa

A Suécia substituiu em 1º de julho a República Tcheca na presidência rotativa da União Europeia, tendo elegido como prioridades até ao fim do ano o combate ao desemprego e a luta contra as alterações climáticas.

"A crise financeira é global e para a resolver é necessário coordenarmos" as nossas políticas, defendeu na terça-feira o primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt.

A prioridade da nova presidência durante o segundo semestre deste ano será liderar os 27 na luta contra o desemprego, que aumentou significativamente com a crise financeira.

Os 27 países da UE atingiram em abril passado o patamar dos 19 milhões de pessoas sem trabalho, o que representa 8,6% da população ativa, segundo o departamento estatístico comunitário, o Eurostat.

A Suécia também irá liderar a posição dos 27 na importante cúpula das Nações Unidas sobre as alterações climáticas que será realizada em dezembro em Copenhague, na Dinamarca.

A comunidade internacional espera que os líderes mundiais cheguem a acordo sobre um novo tratado que irá substituir o protocolo de Kyoto sobre a redução de emissões de gases estufa, que expira em 2012.

"A tarefa da presidência, juntamente com as outras partes, é a de trabalhar na adoção de um novo compromisso climático", destaca um documento divulgado pela Suécia sobre as suas prioridades para a presidência da UE.

O país escandinavo também quer reforçar a cooperação europeia nas áreas da Justiça e Assuntos Internos, mais particularmente no que diz respeito a questões alfandegárias e de polícia, os serviços de emergência, a legislação penal, o asilo, a imigração, os vistos e o controlo das fronteiras externas da UE.

ReeleiçãoMas para dirigir os 27 até ao fim do ano, Estocolmo defende também uma Comissão Europeia forte, com Durão Barroso confirmado pelo Parlamento Europeu para um segundo mandato de cinco anos já em julho.

"Se não há outro candidato, de que estamos à espera?", interrogou Fredrik Reinfeldt.

O premiê sueco disse que há "riscos para Europa" se a decisão não for tomada pelo Parlamento Europeu, sobretudo pela falta de uma liderança forte para atacar os problemas relacionados com a crise e a luta contra as alterações climáticas.

Os chefes de Estado e de Governo dos 27 chegaram a um acordo, em 19 de junho em Bruxelas, por unanimidade, para reeleger Durão Barroso como presidente da Comissão Europeia.

Se as diferentes forças políticas no Parlamento não chegarem a acordo, a confirmação do ex-premiê português terá que aguardar pela ratificação do Tratado de Lisboa pela Irlanda, que organiza um referendo no início de outubro sobre a questão.

A conclusão do processo de ratificação e a sua entrada em vigor até ao fim do ano é um objetivo definido pelos líderes europeus.

 

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