Sessão do Senado contra Renan Calheiros começa com tumulto

 

Mundo Lusíada com Agencias Brasil/Senado

Foto: Antônio Cruz/ABr

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), chega ao Congresso para sessão que decidirá seu futuro político. Plenário julgará se aceita a recomendação do Conselho de Ética para a cassação do senador

Pela segunda vez na história do Brasil, o Senado Federal vota a perda de mandato do presidente da casa. Nesta quarta-feira, 12 de setembro, o tumulto começou na entrada do plenário, quando deputados queriam entrar na sessão secreta. Deputados trocaram socos e empurrões.

A votação desta quarta refere-se ao relatório do Conselho de Ética que recomenda a cassação do presidente da Casa, Renan Calheiros, após investigações de que ele teria pago despesas pessoais por um lobista.

Por causa da liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que permite a 13 deputados participar da sessão, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) tentou entrar no plenário e foi empurrado pelo segurança na porta do plenário.

Ao ver a cena, o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), também beneficiado pela liminar, partiu em defesa de Gabeira e deu um soco no segurança. Jungmann precisou ser contido pelas pessoas que estavam no corredor.

Depois da confusão, Gabeira minimizou a briga. "Conseguimos entrar sem problema. Inadvertidamente, em um movimento, dei um soco no presidente (Tião Vianna), mas já nos beijamos".

Apesar dos deputados pediram que a sessão fosse pública, a sessão acontece fechada. Renan Calheiros chegou sem falar com os jornalistas e Gabeira disse que só passará informações depois de terminada a sessão. Os parlamentares estão avisados de que o vazamento de informações durante a sessão caracteriza quebra de decoro.

Segundo informou a Agencia Senado, apenas os procedimentos da abertura – até o momento em que o presidente da Mesa anuncia o objetivo da sessão – é realizado publicamente. Concluída a apuração dos votos, a sessão torna-se novamente pública para que seja anunciado o resultado da votação.

Os deputados que assistem a sessão são Raul Jungmann (PPS/PE); Fernando Gabeira (PV/RJ); Chico Alencar (PSOL/RJ); Carlos Sampaio (PSDB/SP); Luiza Erundina (PSB/SP); Raul Henry (PMDB/PE); Paulo Renato Souza (PSDB/SP); Luciana Genro (PSOL/RS); José Carlos Aleluia (DEM/BA); Alexandre Silveira (PPS/MG); Fernando Coruja (PPS/SC); Gustavo Fruet (PSDB/PR); José Aníbal (PSDB/SP).

De acordo com a Folha, até hoje, o único senador a ter o mandato cassado pelo Senado foi Luiz Estevão (PMDB-DF), que enfrentou processo por quebra de decoro após acusações de envolvimento no desvio de verbas públicas na construção do prédio do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo.

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