Repetição da eleição na Europa leva partidos a fazer campanha junto aos emigrantes

Da Redação com Lusa

Partidos portugueses planejam ações de campanha para a repetição das eleições legislativas no círculo da Europa, com uma aposta nas redes sociais e também deslocações de alguns líderes, como é o caso de PSD e Chega.

O mapa calendário referente à repetição do ato eleitoral no círculo da Europa não refere novo período de campanha eleitoral, mas os partidos com representação parlamentar vão organizar iniciativas de apelo ao voto.

Os emigrantes da Europa elegem dois deputados, que têm sido disputados entre o PS e o PS.

No caso do PS, fonte oficial do partido indicou à Lusa que “haverá iniciativas de campanha”, mas sem adiantar pormenores.

O presidente do PSD, Rui Rio, vai deslocar-se a Londres e a Paris entre sexta-feira e domingo, devendo encontrar-se com a comunidade portuguesa em ambas as cidades.

Fonte oficial dos sociais-democratas indicou também à agência Lusa que, “face a esta repetição de ato eleitoral, os candidatos do PSD pela Europa continuarão a estar próximos das comunidades no velho continente”.

Em resposta à Lusa, o BE adiantou que vai apelar ao voto através de uma “forte aposta nas redes sociais”, recuperando os “temas principais” do seu manifesto eleitoral.

O partido vai também “propor que se promovam debates nos órgãos de comunicação social das comunidades e nos nacionais”, referiu fonte oficial do partido.

Quanto ao Chega, o presidente do partido indicou anunciou logo após ser conhecida a decisão de repetição do ato eleitoral a intenção de visitar alguns países com comunidades portuguesas e, em conferência de imprensa na segunda-feira, adiantou que vai deslocar-se “nos próximos dias e nas próximas semanas, à Espanha, à Suíça, Bélgica, ao Luxemburgo, França e ao Reino Unido, locais onde o Chega teve uma votação histórica”.

André Ventura, que está em Madrid desde quarta-feira para uma visita de dois dias, adiantou que tem como objetivo eleger mais um deputado (a juntar aos 12 que o Chega conseguiu em 30 de janeiro), dividindo “com o PS os dois deputados do círculo da Europa”.

Já a CDU, adiantou à Lusa fonte oficial, “levará a cabo uma ação de contacto e esclarecimento sobre as razões de voto junto das comunidades portuguesas na Europa, seja através das intervenções dos seus candidatos e ativistas nos países onde residem, seja através da presença da CDU na internet, nomeadamente através de mensagens dos candidatos e do mandatário que serão disponibilizadas nas redes sociais da candidatura”.

O CDS-PP “vai desenvolver algum tipo de ações de campanha para dar a conhecer a sua cabeça de lista”, Francisca Sampaio, o que “poderá implicar uma deslocação de dirigentes nacionais a Bruxelas”, mas não será o presidente demissionário, Francisco Rodrigues dos Santos, adiantou o secretário-geral adjunto dos centristas João Pinto de Campelos.

O eurodeputado do partido, Nuno Melo, que é candidato à liderança, indicou estar “disponível para ajudar, assim queira o partido”, e o secretário-geral adjunto disse à Lusa que a direção admite incluir os possíveis candidatos à liderança do partido neste processo.

Fonte oficial da Iniciativa Liberal disse à Lusa que o partido “irá desenvolver ações em formato virtual e em alguns locais junto das comunidades”, estando “a realizar contatos para organizar essas iniciativas”.

O PAN indicou que a sua campanha pelo círculo da Europa “terá uma forte componente digital, com partilha de medidas concretas e participação em ‘talks’ digitais”.

Já o Livre, adiantou à Lusa fonte oficial, vai apostar numa campanha “essencialmente online e digital”, evitando desta forma “pegadas carbónicas desnecessárias” e está a retomar contacto com várias associações espalhadas pela diáspora, assumindo como objetivo principal convencer os emigrantes de que vale a pena ir votar novamente em março.

Mais de 80% dos votos dos emigrantes do círculo da Europa nas legislativas de 30 de janeiro foram considerados nulos, após protestos do PSD por várias mesas terem validado votos que não vinham acompanhados de cópia da identificação do eleitor, como exige a lei.

Esta situação levou alguns partidos a recorrerem ao Tribunal Constitucional, que declarou a nulidade das eleições legislativas nestas assembleias e determinou a sua repetição, que terá lugar nos dias 12 e 13 de março e os votos por via postal serão considerados se recebidos até 23.

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