PSD: Rui Rio declara fim da sua vida política com “consciência tranquila”

Da Redação com Lusa

O presidente do PSD, Rui Rio, revelou hoje, no Porto, que a sua vida política acaba com a eleição do novo presidente do partido, para a qual votou na sede da distrital.

“O meu futuro político acabou aqui. Ponto final parágrafo”, respondeu o líder social-democrata após ter exercido o seu direito de voto na eleição que decidiu o seu sucessor, entre Luís Montenegro ou Jorge Moreira da Silva.

Garantindo estar “bastante mais tranquilo do que noutras ocasiões”, Rui Rio anunciou que “daqui por um mês” se libertará “completamente de uma série de responsabilidades” e que sai de “consciência tranquila”.

Questionado sobre se, neste tempo que falta até cessar funções, vai conseguir conciliar o descanso com o trabalho, respondeu afirmativamente, precisando que o “mais desgastante não era ser deputado, mas ser presidente do partido” e que o será por “pouco mais tempo”.

Montenegro eleito

Luís Montenegro foi hoje, em Espinho, eleito o 19.º presidente do PSD, e declarou que a grande jornada que agora terminou “honra o partido e a democracia portuguesa”.

“Hoje, no essencial, não fomos nós quem ganhou ou o PSD, no essencial, quem ganhou foi Portugal. Portugal ganhou hoje a formação de uma alternativa política ao socialismo que nos tem governado e desgovernado nos últimos anos”, disse.

A acompanhar o discurso da vitória, após ser anunciado que venceu com 73% dos votos contra 27% dos conquistados por Jorge Moreira da Silva, o antigo líder parlamentar social-democrata tinha uma ruidosa sala com cerca de uma centena de militantes, entre eles os antigos deputados Hugo Soares, António Leitão Amaro e Hermínio Loureiro, que o receberam com gritos de “PSD, PSD” e “Portugal, Portugal”.

O líder da candidatura “Acreditar”, que vai suceder a Rui Rio na liderança do maior partido da oposição, afirmou ainda que o resultado de hoje é um sinal de “grande mobilização, de responsabilidade para o PSD, mas também de vitória”.

Luís Montenegro venceu as quatro principais distritais: Braga, Porto, Aveiro e Lisboa, com percentagens que oscilaram entre os 66% e os 72%.

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