Primeiro-Ministro quer que o país se mobilize para a revitalização do interior

Da Redação

O Primeiro-Ministro de Portugal, António Costa, afirmou que a causa da revitalização do interior deve ser defendida por todos durante todo o ano, e não apenas quando chega o verão “e a tragédia dos incêndios alerta o País para o abandono e para a dependência excessiva” destas regiões.

Em Mortágua, na cerimônia de assinatura do contrato para a empreitada de requalificação de um dos troços do IP3 (Penacova-Lagoa Azul), o Primeiro-Ministro sublinhou que o Governo vem criando condições para que esta revitalização “não seja uma soma de palavras e possa traduzir-se num conjunto de atos que transformem efetivamente o território”.

A melhoria de infraestruturas rodoviárias e ferroviárias, os apoios para as empresas se instalarem em territórios de baixa densidade e um melhor tratamento fiscal para estas empresas foram três das medidas destacadas por António Costa durante o discurso.

No caso da melhoria da rodovia, a reabilitação do IP3 é estruturante para as regiões de baixa densidade, ligando as principais cidades da região Centro e assumindo-se como “uma peça muito importante” naquele que é “um dos grandes desafios do País”.

A empreitada de reabilitação do IP3 tem um orçamento de 11,8 milhões de euros e terá um prazo de execução de 330 dias. No total, o Orçamento do Estado contempla uma verba até 140 milhões de euros para a requalificação do IP3.

Emprego

António Costa sublinhou que a aposta nas infraestruturas só terá resultado se também for conseguida a atração de empresas. “Só o emprego fixa e atrai população”, afirmou.

É necessário, defendeu ele, criar melhores condições para aproximar a oferta e a procura de emprego, apontando para casos de concelhos onde há mais desempregados, mas menos oferta, e outros, no interior, que têm dificuldade em encontrar pessoas para dar resposta às empresas que se vão instalando.

“Há empresas que precisam de contratar pessoal e muitas pessoas que sofrem de desemprego e procuram emprego. Temos de fazer coincidir este movimento”, acrescentou, mencionando o programa do Governo Chave na Mão.

O programa integra o pacote legislativo da Nova Geração de Políticas de Habitação e pretende promover a mobilidade para a coesão territorial, facilitando a mobilidade habitacional, no território e entre regimes de ocupação, de famílias residentes em áreas de forte pressão urbana que se fixem no interior de Portugal.

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