Primeiro-Ministro quer prolongar confinamento e aumentar testagem massiva

Mundo Lusíada
Com Lusa

O primeiro-ministro considerou que o atual confinamento está a produzir resultados contra a covid-19, mas é necessário prolongá-lo face aos elevados níveis da pandemia e continuar a investir na testagem massiva e na capacidade de rastreamento.

Esta posição foi transmitida por António Costa na sua conta pessoal na rede social Twitter, depois de mais uma reunião no Infarmed, em Lisboa, sobre a evolução da situação epidemiológica em Portugal.

Segundo Costa, o atual nível de confinamento está a produzir resultados, quer na redução de casos, como na pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde e também na limitação da circulação da variante britânica.

“Concluímos também que quanto maior for a intensidade do confinamento mais rápidos são os resultados; que os elevados níveis da pandemia requerem o prolongamento do atual nível de confinamento e que é necessário continuar a investir na testagem massiva e na capacidade de rastreamento”, frisou o líder do executivo.

Na sua mensagem, António Costa defendeu também que “o nível de confiança dos cidadãos na vacina tem vindo a aumentar”.

“Desde que a indústria farmacêutica continue a produzir ao nível agora estimado, conseguiremos alcançar o objetivo de termos no final do verão 70% da população adulta vacinada”, acrescentou.

Portugal deverá continuar com o dever geral de recolhimento domiciliário e outras restrições até meados de março, afirmou a ministra da Saúde, Marta Temido, apesar de o pico da terceira vaga da epidemia de covid-19 já ter sido atingido em 29 de janeiro, com 1.669 casos cumulativos a 14 dias por 100 mil habitantes, com uma “tendência decrescente”, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Crítica

Já o dirigente comunista Jorge Pires classificou como “inaceitável” que se mantenha o atual confinamento geral até ao final do mês de março, o que “despreza todas as consequências no plano econômico, social e também de saúde, em geral, dos portugueses”, lê-se em declaração escrita.

“Ficou claro nesta reunião que uma das formas mais eficazes de combate à epidemia é avançar o mais rápido possível com o processo de vacinação, envolvendo todos os portugueses e que o grande obstáculo ao seu avanço está na falta de vacinas devido à falha de compromisso das farmacêuticas relativamente às entregas que se tinham comprometido contratualmente”, declarou o membro da comissão política do Comité Central do PCP.

Portugal registrou hoje 203 mortes relacionadas com a covid-19 e 2.583 casos de infeção com o novo coronavirus, segundo a DGS. A covid-19 já matou cerca de 14.500 pessoas em Portugal, entre os mais de 750 mil casos de infeção.

Centros Vacinação

Lisboa vai ter sete centros de vacinação adicionais contra a covid-19, um dos quais no Altice Arena, para apoiar a administração de vacinas aos idosos com mais de 80 anos e aos doentes crônicos com mais de 50 anos.

Segundo o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), durante sessão plenária da Assembleia Municipal, o autarca destacou que os centros estão a ser criados em articulação com o Ministério da Saúde e distribuem-se por várias regiões da cidade de Lisboa.

Os centros vão localizar-se na Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, Hospital Pulido Valente, na sede da Assembleia Municipal de Lisboa (Av. De Roma), Pavilhão Manuel Castelbranco (São Vicente), Pavilhão da Ajuda, Picadeiro e Altice Arena.

Fernando Medina salientou que os novos equipamentos vão permitir a “vacinação desta nova fase”, que se iniciou na segunda-feira, e irão abranger “cerca de 70 mil pessoas”.

A Câmara de Lisboa tinha anunciado que a primeira toma da vacina contra a covid-19 em lares e residenciais para idosos da cidade já foi ministrada a 6.244 utentes e profissionais em 126 equipamentos, estando em falta 43 instituições.

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