Primeiro-ministro francês diz que regresso do crescimento a Portugal é reconhecido

Da Redação
Com Lusa

Em visita a Portugal, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou em Lisboa que “os olhares de fora” percebem que o crescimento regressou a Portugal, mas lembrou que França não seguiu uma política de austeridade, nem reduziu os salários dos funcionários públicos.

“Os olhares de fora percebem que o crescimento regressou a Portugal”, disse Manuel Valls, num encontro com a comunidade empresarial portuguesa, com o tema `Agir em conjunto para o crescimento europeu`, que decorreu em 10 de abril no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Numa intervenção de quase 30 minutos, Manuel Valls abordou vários temas, respondeu a perguntas, e sublinhou que “o crescimento regressou a Portugal” e que “as perspectivas para 2015 são incentivadoras”, apontando para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de 1,5%.

“O desemprego baixou, as exportações aumentaram, as finanças públicas melhoraram, Portugal beneficia da confiança dos investidores, resultados que advêm das reformas e são claramente fruto dos sacrifícios dos portugueses”, afirmou o primeiro-ministro francês.

Consciente de que é preciso “vigilância, vontade e firmeza”, Manuel Valls afirmou, contudo, que França não levou a cabo uma política de austeridade, como a portuguesa, e não reduziu os salários dos funcionários públicos.

“Disse em Bruxelas e digo aqui em Lisboa: Não aceitarei nenhuma medida de orçamental que viesse quebrar o crescimento”, afirmou, acrescentando ainda que “o que é facto é que as medidas de austeridade aplicadas em Portugal nada têm a ver com o que se passa em França, o que pode afastar as populações”.

“Outros [investimentos de França em Portugal] são possíveis nas privatizações e concessão de serviços públicos. Queremos ter uma presença ainda mais forte de França em Portugal”, frisou Manuel Valls, depois de dar o exemplo da compra da ANA pelo grupo francês VINCI, que classificou como “o maior investimento estrangeiro realizado em Portugal” ou o interesse da Numericable, através da Altice, na Portugal Telecom, conforme divulgou o jornal Expresso.

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