Primeiro-Ministro destaca sentido “de confiança” e cooperação estratégica com Marcelo

Mundo Lusíada
Com Lusa

Nesta terça-feira, o primeiro-ministro considerou que o discurso de posse do Presidente da República no parlamento português foi reconfortante em termos confiança e de esperança e revelou “uma agenda muito clara” de cooperação institucional e cooperação estratégica.

António Costa falava aos jornalistas no final da cerimônia de posse de Marcelo Rebelo de Sousa como Presidente da República, numa declaração em que começou por desejar ao chefe de Estado “as maiores felicidades” no exercício do mandato que lhe foi renovado pelos portugueses.

Sobre o teor do discurso proferido por Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro deixou elogios.

“Creio que depois de o ouvirmos – e ao fim de um ano tão duro como aquele que temos vindo coletivamente a enfrentar de combate à pandemia de covid-19, de resistência à crise econômica e social -, saímos com outro ânimo. Saímos reconfortados com o sentido de confiança e de esperança de que é possível vencer esta crise, virar esta página e reconstruir o país”, declarou o líder do executivo.

António Costa afirmou ainda que o país está perante “uma agenda muito clara”.

Uma agenda “não só se cooperação institucional, mas de solidariedade estratégica que unirá seguramente os portugueses em torno do mandato do senhor Presidente da República”, acrescentou António Costa.

Assembleia

Também o presidente da Assembleia da República considerou que os cinco anos do primeiro mandato presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa foram “repletos de momentos marcantes”, com os cidadãos a recuperaram o orgulho numa democracia “sem mordaças”.

“Os cinco anos de mandato de vossa excelência foram repletos de momentos marcantes”, declarou Ferro Rodrigues a meio do seu discurso, dirigindo-se a Marcelo Rebelo de Sousa, momentos antes de este ser empossado pela segunda vez no cargo de Presidente da República.

O presidente da Assembleia da República elogiou o papel “moderador” desempenhado por Marcelo Rebelo de Sousa e referiu que, desde 9 de março de 2016, se assistiu em Portugal à “reposição de direitos e garantias que haviam sido retirados na sequência da intervenção da troika”, mas também a um “esvaziamento da tensão social e até institucional que existia”, com o país a entrar “numa trajetória positiva, superando com êxito a grave crise econômica e financeira que até então se vivia e conseguindo mesmo o primeiro excedente orçamental em democracia”.

“Também em termos internacionais, foram assinaláveis os sucessos alcançados, nas frentes diplomática, cultural e desportiva. Neste particular, não poderia deixar de recordar a eleição de António Guterres como secretário-geral das Nações Unidas, eleição que se deveu às muitas e diversificadas qualidades do candidato, mas, igualmente, do prestígio de que beneficiamos, enquanto povo e enquanto nação de matriz universal”, advogou.

De acordo com Ferro Rodrigues, nos últimos cinco anos, “Portugal recuperou prestígio, tornou-se uma referência e um destino preferencial”.

“E nós retomamos o orgulho de sermos Portugueses. A estes sucessos não foi alheio o prestimoso contributo de vossa excelência. Durante estes anos, realizaram-se, em normalidade democrática, eleições legislativas, regionais e autárquicas, bem como europeias, tendo, em alguns casos, resultado reconfigurações do panorama político, com o surgimento de novas forças políticas”, defendeu.

Do ponto de vista do regime, segundo o antigo líder do PS, a democracia “tornou-se mais diversa e inclusiva, com uma representatividade acrescida, reveladora de um Portugal com um pleno sentido da liberdade, sem restrições ou mordaças”.

“Infelizmente, verificaram-se também alguns acontecimentos particularmente dramáticos, que testaram as nossas capacidades políticas e mesmo éticas”, contrapôs, numa alusão aos incêndios de 2017 e a pandemia de covid-19,

“A estas catástrofes foi, porém, possível evitar somar uma crise política, a qual teria sérias consequências, não só a nível interno, mas também ao nível da imagem externa de Portugal. O papel moderador que vossa excelência desempenhou em ambas as situações – sob grande pressão, sublinhe-se – foi crucial para garantir estabilidade política e assegurar o regular funcionamento das instituições”, frisou o presidente da Assembleia da República.

Para Ferro Rodrigues, nos próximos tempos, o parlamento “terá um papel essencial” no sentido de “garantir a boa utilização dos dinheiros públicos e dos fundos europeus, que a recuperação prevista não deixe ninguém para trás, que sejam asseguradas mais oportunidades de ascensão social sem a qual não há desenvolvimento”.

“Neste desafio, Portugal conta com a solidariedade e o contributo da União Europeia, que tem tido um papel fundamental na articulação e na mobilização dos meios necessários para uma resposta europeia comum ao surto de coronavírus, não só na saúde pública, mas também na redução do impacto socioeconômico devastador desta pandemia”, acrescentou.

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