Primeiro-Ministro alerta que “pandemia não acabou” e pede responsabilidade individual

Da redação com Lusa

O primeiro-ministro de Portugal alertou que a “pandemia não acabou”, apesar da nova fase do plano de desconfinamento anunciada nesta quinta-feira, e apelou à responsabilidade individual dos portugueses para prevenir os contágios pelo coronavírus SARS-CoV-2.

A evolução positiva do país no controle da covid-19 vai permitir que Portugal passe do atual estado de contingencia para a situação de alerta a partir de 01 de outubro.

Esta decisão foi anunciada por António Costa no final do Conselho de Ministros em que aprovou a terceira fase do plano do Governo de levantamento de restrições por causa da covid-19, num momento em que Portugal se aproxima de uma taxa de vacinação da sua população de 85%.

“Passamos a uma fase que, desaparecendo a generalidade das limitações impostas pela lei, assenta essencialmente na responsabilidade individual de cada um de nós. Não podemos esquecer que a pandemia não acabou e que, podendo considerá-la controlada a partir do momento em que tenhamos 85% da população vacinada, o risco permanece”, referiu António Costa.

Na conferência de imprensa, o primeiro-ministro recordou que o “risco existe” porque, além de as vacinas não assegurarem 100% de imunidade, as crianças com menos de 12 anos não estão vacinadas e uma “faixa muito pequena” de pessoas recusa ser imunizada contra a covid-19.

“Convém termos presente que, apesar de estarmos no início do outono ainda solarengo, vamos ter pela frente um período de invernia”, altura de maior risco de infeções respiratórias e de doenças como a gripe, salientou.

Perante isso, António Costa defendeu que “todos devem continuar a assumir o dever individual de prevenir e combater esta pandemia”, o que pressupõe o uso da máscara sempre que for obrigatório e recomendável, mantendo também a prática de higienização das mãos e do distanciamento físico.

“As decisões que hoje tomamos são, essencialmente, a confirmação do que no dia 29 de julho antecipamos que poderíamos realizar se o processo de vacinação corresse da forma como estava previsto”, assegurou o primeiro-ministro, que avançou que Portugal deve atingir os 85% da população com a vacinação completa na próxima semana.

Números

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.938 pessoas e foram contabilizados 1.064.876 casos de infecção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

Portugal registou nas últimas 24 horas cinco mortes atribuídas à covid-19, 885 novos casos de infecção e uma redução nos internamentos em enfermaria e nos cuidados intensivos.

De acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), estão hoje internadas 412 pessoas com covid-19, menos 14 do que na quarta-feira, 75 das quais em unidades de cuidados intensivos, menos três que na véspera.

As mortes ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo (2), na região Centro (2) e no Norte (1).

Olhando para a caracterização etária dos novos casos de infecção confirmados, as crianças até aos 9 anos foram as que registaram mais novos casos nas últimas 24 horas: o boletim aponta 65.400 infetados desde o início da pandemia, mais 128 do que na quarta-feira.

Seguem-se os adultos com idades entre os 30 e os 39 anos (mais 125 casos) e os jovens entre os 20 e os 29 anos (mais 112 casos). As crianças e jovens entre os 10 e os 19 anos voltam a aparecer, com 109 novos casos registados nas últimas 24 horas.

Abaixo dos 100 novos casos de infeção estão os adultos entre os 50 e os 59 anos (mais 98 casos), entre os 60 e os 69 anos (75 casos), entre os 70 e os 79 anos (mais 68 casos) e finalmente os idosos com mais de 80 anos (mais 60 novas infeções).

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