Presidente ucraniano assinou pedido formal de adesão a União Europeia

Da Redação com Lusa

Neste dia 28, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou o pedido formal para a entrada do país na União Europeia (UE).

“É um momento histórico”, lê-se numa mensagem da Verkhovna Rada (Parlamento ucraniano) divulgada pela rede Telegram, onde se pode ver o Presidente ucraniano no momento da assinatura do documento.

A Comissão Europeia abriu a porta à entrada da Ucrânia na UE, mas lembrando que o processo é longo, apesar do pedido de Kiev de um procedimento especial para integrar o país “sem demora”.

“Temos muitos tópicos em que estamos a trabalhar em estreita colaboração e, com o tempo, queremos que eles estejam dentro” da UE, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, numa entrevista à Euronews no domingo.

Em resposta, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, instou na segunda-feira a União Europeia, antes da assinatura do pedido formal, a integrar o seu país “sem demora”.

“Estamos a dirigir-nos à UE sobre a integração imediata da Ucrânia através de um novo procedimento especial. Tenho a certeza que é possível”, declarou numa mensagem vídeo.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse ter sido informado antecipadamente da intenção da Ucrânia de enviar um pedido formal de adesão e especificou o procedimento a seguir.

“A adesão é uma exigência de longa data expressa pela Ucrânia. Mas existem opiniões e sensibilidades diferentes na UE sobre o alargamento. A Ucrânia transmitirá um pedido oficial, a Comissão Europeia terá de expressar um parecer oficial e o Conselho decidirá”, indicou hoje.

O procedimento especial que a Ucrânia pede não existe como tal e a integração na UE é um processo a longo prazo para aproximar a legislação do país candidato ao direito europeu.

O processo exige negociações complexas sobre muitas questões e critérios difíceis de cumprir por um país em guerra, como a estabilidade política e uma economia de mercado funcional, necessitando também da aprovação unânime dos 27 países membros.

Charles Michel anunciou a sua intenção de convidar o Presidente Volodymyr Zelensky a participar “regularmente” nas cimeiras dos líderes europeus.

Sessão da ONU

A Assembleia-geral da ONU iniciou hoje uma sessão especial sobre a Ucrânia, um tipo de reunião muito pouco habitual, na sequência dos apelos dos principais dirigentes da organização multilateral para um cessar-fogo imediato.

Trata-se da décima primeira sessão especial de emergência que a Assembleia-geral realiza na sua história e a convocatória foi pedida no domingo pelo Conselho de Segurança da ONU, em resposta ao veto por parte da Rússia (um dos cinco membros permanentes do conselho) de uma resolução de condenação ao conflito em curso na Ucrânia.

Durante a assembleia, onde não há poder de veto, os 193 Estados-membros da Organização das Nações Unidas (ONU) discutirão a situação na Ucrânia e uma resolução sobre o assunto, que se espera que seja votada nos próximos dias.

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