Presidente pede mais atenção e mais investimento orçamental na saúde mental

Da Redação
Com Lusa

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, apelou aos portugueses em geral e aos políticos para que olhem mais para a saúde mental e defendeu que deve haver maior investimento orçamental neste domínio.

“Não estou a pensar no Orçamento [do Estado para 2019] que está praticamente feito – também é importante que, de orçamento para orçamento, se aumente o investimento em saúde mental, é importante -, mas estou sobretudo a pensar nos orçamentos dos anos futuros”, ressalvou, em resposta à comunicação social.

O chefe de Estado falava no final de uma visita à Unidade de Pedopsiquiatria que funciona no renovado Centro de Saúde de Queluz, no concelho de Sintra, com uma equipa multidisciplinar do Hospital Fernando Fonseca, que apontou como “uma estrutura de excelência”, integrada na comunidade, que gostaria de ver “multiplicada” por todo o país.

No Dia Mundial da Saúde Mental, Marcelo Rebelo de Sousa visitou esta unidade, que acompanhou no último ano cerca de 600 crianças e jovens, e lançou “um apelo duplo”, declarando que “Portugal não pode continuar a ser dos países nomeadamente da Europa com piores indicadores” nesta matéria.

“O primeiro apelo é aos políticos, todos eles, deste momento e do futuro: que olhem mais para a saúde mental. Eu sei que os recursos são escassos e que há muitos desafios no domínio da saúde, mas a saúde mental é fundamental. É fundamental e quanto mais cedo se começar melhores são os resultados obtidos”, afirmou.

“O segundo apelo é às portuguesas e aos portugueses, porque naturalmente que os políticos darão maior importância se os portugueses derem maior importância”, completou, considerando que “muitas vezes não pensam na saúde mental, acham que não é importante”.

O Presidente da República referiu que “não há uma família portuguesa que não tenha um ou vários problemas de saúde mental, nos mais novos ou nos menos jovens” e encorajou a população a “enfrentar e admitir isto, não ter vergonha de admitir”, com mais movimentos e maior exigência neste domínio.

“Eu acho que isto é uma ação de cultura cívica, que já começou, já começou, mas que tem sido ainda muito lenta. Precisa de ser mais rápida”, acrescentou.

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