Durante sua visita, Bush se encontra com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em São Paulo no dia 09, e visita o Terminal da Transpetro, pertencente à Petrobrás, em Guarulhos.
Entre os assuntos a tratar com o presidente brasileiro, Bush conversa sobre relações bilaterais e de interesse comum nas agendas regional e global, segundo o Ministério das Relações Exteriores. Dos globais, deve ser discutida uma maior cooperação na área do biocombustível, as negociações da Rodada Doha da OMC, a reforma das Nações Unidas e o acompanhamento dos Grupos de Trabalho criados depois da visita de Lula aos Estados Unidos, em 2003, seguida da visita de Bush ao Brasil, em 2005.
De acordo com MRE, deve ser discutida ainda a cooperação trilateral com o Haiti em áreas como educação, saúde e saneamento. Além da assinatura do Memorando de Entendimento entre o Brasil e os Estados Unidos para Avançar a Cooperação em Biocombustíveis.
O presidente Bush deve permanecer por sete dias na América Latina, em visita oficial. No Brasil, ele desembarca no aeroporto de Guarulhos e visita São Paulo por dois dias. Repúdio Apesar de ser aguardado pelos representantes do governo federal, o presidente dos Estados Unidos tem sido visto com repúdio por movimentos sociais. A CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais) pretende mobilizar nesta quinta-feira cerca de 20 mil pessoas em protesto na praça Oswaldo Cruz (zona sul de São Paulo), seguindo para o Masp, reunindo estudantes, partidos políticos, trabalhadores sem-terra.
Além disso, na quarta-feira manifestantes do PSOL queimaram um boneco do presidente George W. Bush, em frente ao Congresso Nacional. A presidente do PSOL, Heloísa Helena, acompanhou a manifestação. "Qualquer pessoa de bom senso sabe que a visita do Bush é uma fraude política. Não adianta dizer que está se discutindo etanol. É desolador que o presidente Lula faça essa fraude política para elevar a popularidade do senhor da guerra", afirmou
Durante a visita de Bush a Petrobras, os funcionários já divulgaram uma possível “surpresa” para o norte americano. "Para que Bush e a imprensa saibam que estamos aqui, inconformados com esse senhor. Ainda não decidimos o que vamos fazer, talvez lancemos bexigas com caricaturas, algo faremos", disse o diretor do Sindicato Unificado de Petroleros de São Paulo, Fabio Bandini, mesmo sem saber se o esquema de segurança interromperá a ação. Segurança O presidente dos EUA ficará hospedado no Hotel Hilton Morumbi, em São Paulo. O hotel foi vasculhado pelo Exército brasileiro.
O esquema de segurança para o presidente Bush no Brasil restringiu até mesmo o espaço aéreo. Segundo divulgou a Folha de S.Paulo, a Aeronáutica deve limitar o espaço num raio de 5 km a partir do trajeto que Bush fará pelas ruas de São Paulo. A interdição aérea deve ser temporária e localizada.
Além disso, uma operação especial, que vai mudar a rotina da cidade, prevê a participação de 4 mil homens na segurança, entre bombeiros, guardas civis metropolitanos, policiais rodoviários e soldados do Exército.