O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, participou em 25 de setembro em Nova Iorque, de debate promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para assegurar que os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio sejam alcançados até 2015. Além de líderes empresariais, o evento teve a presença de cerca de 100 chefes de Estado e de Governo, e de entidades não-governamentais.
O presidente da Petrobras falou sobre "Pobreza e Fome" em mesa-redonda liderada pelo presidente do Governo da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, e pelo presidente do Malawi, Bingu Wa Mutharika, com a presenca de vários chefes de estado e chefes de governo. Gabrielli alertou que a contribuição do setor empresarial para as Metas do Milênio só será possível se a responsabilidade social se tornar um pilar dos planos de negócios.
Ao falar sobre as ações da Petrobras, Gabrielli citou o fomento à agricultura familiar para a produção de biodiesel, a criação de milhares de empregos na indústria brasileira e a exploração e produção de recursos de hidrocarbonetos de maneira sustentável. "A Petrobras tem retorno financeiro satisfatório com essas atividades; ao mesmo tempo, elas contribuem para o desenvolvimento social", destacou.
O debate promovido pela ONU girou em torno das Oito Objetivos do Milênio, estabelecidos em 2000. São eles: 1. Acabar com a fome e a miséria. 2. Educação básica e de qualidade para todos. 3. Igualdade entre sexos e valorização da mulher. 4. Reduzir a mortalidade infantil. 5. Melhorar a saúde das gestantes. 6. Combater a aids, a malária e outras doenças. 7. Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente. 8. Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento.
Em seu discurso, o presidente da Petrobras disse que as empresas só poderão contribuir para fazer frente ao desafio de acabar com fome e pobreza se a responsabilidade social se tornar um pilar fundamental de seus planos de negócios, da mesma forma que são pilares o crescimento e a lucratividade.
"Isso não significa sacrificar retornos financeiros pela responsabilidade social. No mundo de hoje, lucrar e melhorar a vida dos pobres e famintos não são atividades mutuamente excludentes. Crescimento e distribuição de renda mais justa são os dois lados da mesma moeda" afirmou.
"Atualmente, uma empresa não pode basear suas decisões econômicas exclusivamente em cálculos de valor presente líquido. Sabemos, por experiência própria, que para maximizar retorno de longo prazo é necessário medir os resultados financeiros em conjunto com melhorias do meio ambiente e progresso social. Estamos convencidos de que qualquer empresa ou país que ignore esse princípio terá dificuldades para prosperar no longo prazo, se comparados àqueles que o incorporam em suas rotinas diárias".
Segundo ele, a Petrobras, por exemplo, vem produzindo biodiesel de culturas provenientes da agricultura familiar em áreas marginais, que de outra forma ficariam inativas, além da criação de milhares de novos empregos industriais para explorar e produzir recursos de hidrocarbonetos brasileiros de maneira sustentável e "sem prejudicar o meio ambiente".
O presidente da empresa disse ainda que a "Petrobras é um reflexo do Brasil". "O Brasil está provando ao mundo que um país em desenvolvimento pode combinar crescimento econômico com redução da fome; aumentar a renda da população carente e proteger o meio ambiente. Isso se dá em grande parte porque o Brasil deu ênfase a essas áreas de responsabilidade social, das quais hoje se beneficia em termos de crescimento econômico e social que levarão a sociedade a um futuro melhor".
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