Presidente Bolsonaro se reúne com governadores da Amazônia Legal

Da Redação
Com EBC

O presidente Jair Bolsonaro está reunido, no Palácio do Planalto, com os governadores dos estados que compõem a Amazônia Legal para discutir o combate às queimadas na região. Na última sexta-feira (23), o governo autorizou uma operação de Garantia de Lei e Ordem (GLO), que ganhou o nome de GLO Ambiental, e liberou R$ 38 milhões do orçamento do Ministério da Defesa, que estavam contingenciados, para as ações.

Todos os nove estados da Amazônia Legal – Acre, Rondônia, Roraima, Amazonas, Mato Grosso, Amapá, Pará, Maranhão e Tocantins – solicitaram adesão ao decreto da GLO e a ajuda das Forças Armadas para o combate ao fogo. A Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal apuram se houve ação criminosa nos incêndios que se intensificaram no início deste mês.

Participam os ministros da Defesa, Fernando Azevedo; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo; do Meio Ambiente, Ricardo Salles; da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; da Secretaria de Gocerno, Luiz Eduardo Ramos; da Secretaria-Geral, Jorge Antônio de Oliveira; e do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.

Ajuda internacional
Ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta terça-feira (27), Bolsonaro foi questionado sobre a ajuda de US$ 20 milhões (cerca de R$ 83 milhões) anunciada pelo G7 (grupo das maiores economias do mundo, que se reuniu nesse fim-de-semana e discutiu o tema) para ações na Amazônia e disse que só conversará sobre o assunto se o presidente da França, Emmanuel Macron, retirar os “insultos” que fez a ele.

“Primeiramente, o senhor Macron deve retirar os insultos que ele fez à minha pessoa. Primeiro me chamou de mentiroso e depois, as informações que eu tive, de que a nossa soberania está aberta na Amazônia. Então para conversar ou aceitar qualquer coisa da França, que seja das melhores intenções possíveis, ele vai ter que retirar essas palavras e daí a gente pode conversar”, disse.

Atual presidente do G7, Macron declarou os incêndios na Amazônia uma emergência global e disse que pode não ratificar o acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia devido às “mentiras” do presidente Bolsonaro quanto ao seu real comprometimento contra as mudanças climáticas e à preservação ambiental. O presidente francês também levantou a possibilidade de um status internacional para a Amazônia.

Ontem, o Palácio do Planalto indicou que pode rejeitar os recursos. Já o ministro Ricardo Salles afirmou que a ajuda é bem-vinda, desde que os recursos sejam destinados conforme decisão do Brasil. O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, informou que o tema se encontra sob análise do Ministério das Relações Exteriores.

Redução
De acordo com imagens de satélite do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) do Ministério da Defesa, houve redução das regiões atingidas por incêndios na Amazônia Legal, de sábado (24) para esta segunda-feira (26). Os pontos detectados pelo satélite do Sipam apontam as ráreas mais críticas, sendo úteis para subsidiar as equipes de campo.

A Operação Verde Brasil chega ao terceiro dia das ações desencadeadas com o envolvimento de cerca de 2,5 mil militares, o emprego de 15 aeronaves, entre aviões e helicópteros, 210 viaturas e 10 embarcações. A operação teve início a partir da decretação de emprego das Forças Armadas na Garantia da Lei e da Ordem Ambiental (GLOA), na sexta-feira (23). Essa medida continua em vigor até 24 de setembro.

As ações dos militares das três Forças (Marinha, Exército e Aeronáutica) são coordenadas pelo Comando Militar da Amazônia e pelo Comando Militar do Norte. O primeiro, localizado em Manaus, engloba os estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Amapá e parte do Maranhão. O Comando Militar do Norte, localizado em Belém, compreende os estados do Pará, Amapá, Maranhão e parte do Tocantins.

Paralelamente ao combate dos focos de incêndio, são treinados mais brigadistas e desenvolvidas ações repressivas, de prevenção e de conscientização, segundo o governo federal.

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