Mundo Lusíada
Com PortugalDigital
O gabinete da presidente brasileira, Dilma Rousseff, pediu que a Cimeira Luso-Brasileira agendada para 6 de setembro fosse adiada, adiantou o jornal português “Expresso”. A cimeira deveria contar com a presença do primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.
As razões do adiamento da Cimeira Luso-Brasileira não são oficialmente conhecidas, mas segundo o “Expresso” Dilma Rousseff terá alertado que a cimeira poderia ficar prejudicada pelo julgamento do Mensalão, que decorre neste momento em Brasília.
Além disso, vários assuntos importantes que os dois países continuam a discutir não estão ainda acertados.
A Cimeira Luso-Brasileira estava prevista para a véspera da cerimônia de abertura do Ano de Portugal em Brasil, que continua agendada para dia 7 em Brasília.
Apesar do adiamento da cimeira, o ministro Paulo Portas deverá manter a sua viagem a Brasília, onde substituirá Pedro Passos Coelho em algumas cerimônias no plano econômico.
A abertura do Ano de Portugal no Brasil tem previsto um espetáculo musical no dia 7 de setembro em Brasília, na Praça das Fontes, junto à torre de TV, com a participação da portuguesa Mariza e da brasileira Roberta Sá.
Cimeira
Dentro da programação da Cimeira, estava previsto que o governo português solicitasse ao Brasil, maior celeridade na concessão de vistos de trabalho para portugueses.
“Está a ser preparada a Cimeira Portugal-Brasil, que vai ter lugar em setembro deste ano, e este [visto de trabalho para portugueses] é um dos temas que está no dossier a ser negociado”, afirmou cônsul-geral de Portugal no Rio de Janeiro, Nuno Bello, em declarações à Agência Lusa, no início do ano.
De acordo com o novo cônsul, o governo de Portugal está ciente da dificuldade que alguns portugueses enfrentam na hora de conseguir o visto de trabalho no Brasil.
Governo Brasileiro
Já para o governo brasileiro, a Cimeira Luso-brasileira foi adiada por “incompatibilidade de agenda”, afirmou à Lusa o Ministério das Relações Exteriores, nesta quarta-feira. “A Cimeira foi adiada em virtude de incompatibilidade de agenda – nada tem a ver com o julgamento do mensalão, como equivocadamente tem noticiado a imprensa portuguesa”, diz uma nota escrita enviada à Lusa pelo ministério brasileiro, numa referência ao julgamento do escândalo de corrupção no Brasil durante a presidência de Lula da Silva.