Presidência Portuguesa da UE apresentada ao Mercosul

Esta foi a questão do encontro no último 25 de junho, na capital uruguaia, durante uma apresentação da próxima presidência da União Européia. No segundo semestre do ano, a partir de 01 de julho, os portugueses lideram o bloco europeu e iniciam uma nova fase contando com o Mercosul e o Brasil como parceiros. A exemplo, acontece já em 04 de julho a Cimeira de parceria estratégica UE-Brasil, assunto apresentado ao Mercosul pelo embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Seixas da Costa.

 

Estela Silva/Lusa

Presidente brasileiro, Lula da Silva, durante a conferência em Lisboa. 04 Julho de 2007

Segundo o embaixador, a nova relação entre Brasil e a UE “em nada prejudica o empenhamento de ambas as partes na conclusão de um Acordo de Associação entre a UE e o Mercosul”. “O objetivo desta elevação do estatuto do Brasil para interlocutor privilegiado da União Européia é relançar a atenção da Europa para a América Latina, em geral, e para a América do Sul, em particular”.

A apresentação teve lugar na sede do Mercosul, em Montevidéu, com o patrocínio do Ministério das Relações Exteriores do Uruguai, e iniciativa da Embaixada de Portugal em Montevidéu. Com a presença do Ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Reinaldo Gargano, e presidida pela Subsecretária de Estado Belela Herrera, a conferência foi aberta pela embaixadora de Portugal Luísa Bastos de Almeida. Contou também com intervenções do embaixador Carlos Amorim do Ministério das Relações Exteriores, e do representante da Delegação da Comissão Européia em Montevidéu, Juan Victor Monfort.

Segundo afirmou Seixas da Costa, o Brasil tem condições para ser “um dos principais motores de um novo tempo no relacionamento da União com o Mercosul, agora que tudo indica que o “Doha Round” parece mostrar alguma dificuldade em avançar. Estamos seguros que os parceiros do Brasil no Mercosul saberão entender como positivo este esforço em direção ao maior país daquele bloco e o efeito de arrastamento que se pretende para um processo que os envolva futuramente a todos. Há uma janela de oportunidade a explorar para firmar um acordo entre as duas regiões e quem não entender isto pode tornar-se responsável por mais um período de ausência de progresso negocial, altamente negativo para os interesses de ambas as partes”.

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