Portugueses no exterior são exemplo de “autoestima” para Portugal, diz Paulo Portas

Mundo Lusíada
Com Lusa

Foto: Arquivo Julho/2011

O sucesso dos portugueses no estrangeiro é um “enorme exemplo” da “autoestima” de que Portugal precisa atualmente, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Portas.

Portas falou à agência Lusa no início de uma visita de uma semana aos Estados Unidos dedicada às comunidades portuguesas, que diz ser uma “homenagem” que inclui a “nova geração” de portugueses no estrangeiro.

Portas foi o convidado de honra do 28º Dia da Herança Portuguesa, na assembleia do Massachusetts, em que participaram senadores e congressistas luso-descendentes, a quem transmitiu o “orgulho” de Portugal pela posição a que ascenderam “todos os eleitos luso-americanos”.

“São comunidades fortíssimas que partiram de Portugal praticamente sem nada e construíram vidas de sucesso e projetos empresariais e comunitários extraordinariamente bem sucedidos”, afirmou.

“A forma como os portugueses triunfam no exterior é um enorme exemplo sobre a autoestima que precisamos de ter”, adiantou à Lusa.

A visita começou em Boston e prossegue dia 06 de junho em Washington, onde o ministro tem contatos no Capitólio e no Instituto Europeu, e em Houston, Texas, onde conhece a EDP Renováveis e contacta com a comunidade portuguesa local.

“No Portugal moderno contemporâneo, dinâmico, há empresas e criadores e cientistas com uma reputação de excelência muito elevada e que estão a ganhar mercado e posições num pais tão grande como os Estados Unidos”, afirmou.

A EDP Renováveis, sublinha, é das maiores norte-americanas no seu setor, mas também há cooperação cientifica e tecnológica em curso entre Portugal e instituições de ensino superior norte-americanas, como o Massachusetts Institute of Technology e Harvard University, sublinhou.

Portas aproveitou a ocasião para apelar aos luso-descendentes nos Estados Unidos para que aumentem a sua participação cívica, que “elejam e sejam eleitos”. “Uma das enormes vantagens dos portugueses é que não fazem grupinhos à parte. Apesar de manterem uma sólida identidade, integram-se naturalmente nas sociedades de acolhimento e por isso são respeitados”, afirmou à Lusa.

“O fato de haver representantes, senadores congressistas, membros do sistema judiciário [lusodescendentes] é um grande sinal de que os portugueses se vão transformando não apenas em votantes, mas também em eleitos, dá-lhes importância”, adiantou.

A visita a Boston iniciou-se com um encontro com eleitos luso-americanos, os senadores Marc Pacheco e Michael Rodrigues, e os representantes Estaduais António Cabral, John Fernandes, David Vieira, Kevin Aguiar e Viriato de Macedo.

Portas encontrou-se ainda com o governador Deval Patrick e deu uma palestra no Massachusetts Institute of Technology, em que participaram dezenas de alunos portugueses na instituição de ensino superior norte-americana.

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