Portugal quer Brasil no Conselho de Segurança da ONU

Presidente Cavaco Silva diz na Assembléia Geral que é preciso reformar o órgão com assentos permanentes para Brasil, Índia e um país africano.

Por Mônica Villela GrayleyDa Rádio ONU em Nova York

 

UN Photo/Evan Schneider

>> Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon, em encontro com presidente português Anibal Cavaco Silva.

A declaração foi feita na quarta-feira, 24 de setembro, durante um discurso na Assembléia Geral em Nova York.

"Será razoável continuarmos a ter um Conselho de Segurança sem uma reforma dos seus métodos de trabalho, em que países como o Brasil e a Índia não têm um lugar permanente, e em que África não tem representação com esse estatuto? Seguramente que não, desde logo nestes casos, sem prejuízo da nossa abertura perante soluções eventualmente mais abrangentes", afirmou.

Segundo Cavaco Silva, com maior representatividade geográfica nos órgãos da ONU, a organização poderá atingir mais transparência.

Operações de PazO presidente português também falou sobre a cooperação de seu país às operações de paz e da necessidade de apoio ao desenvolvimento do continente africano.

"África deve continuar a merecer uma atenção prioritária. Foi essa convicção que nos levou, com os nossos parceiros africanos, à concretização das Cimeiras do Cairo e de Lisboa entre a União Européia e África, pontos de partida no aprofundamento do diálogo entre os dois continentes", disse.

Língua PortuguesaPortugal está liderando uma estratégia de promoção da língua portuguesa no mundo. A iniciativa já recebeu o apoio de todos os países lusófonos. Segundo Cavaco Silva, o objetivo também é aumentar o papel do português em organizações internacionais, como por exemplo, as Nações Unidas.

"A recente Cimeira de Lisboa, na qual Portugal assumiu a Presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, confirmou a determinação dos seus membros na promoção da paz, da democracia, dos Direitos Humanos e do desenvolvimento. Permitiu ainda a definição de uma estratégia comum de afirmação internacional desse bem que partilhamos: a Língua Portuguesa – o 5º idioma mais falado no mundo, ligando Estados e povos nos cinco continentes.

Uma afirmação que deverá conduzir a que o Português se constitua, cada vez mais, como língua oficial ou de trabalho de organizações internacionais", afirma.

O presidente de Portugal encerrou o discurso na Assembléia Geral lembrando a candidatura do país ao Conselho de Segurança em 2011 e 2012. EntrevistaEm entrevista exclusiva à Mônica Villela Grayley e Cátia Marinheiro, da Rádio ONU em Nova York, o presidente português falou sobre seu discurso na Assembléia Geral das Nações Unidas, sobre a importância de aumentar o papel da língua portuguesa no mundo e em organizações internacionais, além da atual crise financeira mundial e a necessidade da regulação de mercados.

Ele terminou a entrevista comentando o papel de Portugal no acolhimento de refugiados na Europa e conversações com o presidente brasileiro Lula para promover mais o português através de programas de rádio, TV e novas mídias.O presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, defendeu a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU com um assento permanente. Ele também pediu o mesmo espaço para a Índia e um país da África.

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